Desligue a TV e vai ler um livro...

Há quatro anos eu não sabia o que era chegar em casa tranquilamente e assistir um pouco de televisão após o trabalho, já que os últimos foram dedicados totalmente à faculdade de jornalismo e a todas as atividades possíveis que ela me oferecia (sim, sempre fui nerd! rs). Contudo, cada vez mais fico decepcionada ao ver canais que repetem fórmulas antigas de histórias, outros que apelam ao irreal e, principalmente, com os que usam o corpo de mulheres e homens e o assunto ‘sexo’ para alcançar o máximo de audiência.

É incrível disto tudo é justamente a forma como o sexo é tratado hoje em vários lugares, o que me incomoda bastante. Não sou puritana, acho que todos podem ser livres para fazerem o que quiserem, mas tratar isso como forma de status, luxo, riqueza e como diferencial da sua personalidade já é outra coisa...

Na realidade muitas pessoas utilizam o tema sexo para parecerem modernas e avançadas, à la Sex in the City, fogem da sua própria idéia para estar na moda. Aliás, nunca havia assistido o seriado e tive a brilhante idéia de ver um episódio ontem (enjôo total)! Ostentação o tempo inteiro, num mundo irreal em que sapatos, marcas famosas e muita vulgaridade ‘requintada’ são levados a sério. Só serviu para reforçar a idéia de status que muita gente dá ao sexo, literalmente.

No Brasil isto também ocorre com uma freqüência incrível, mas com um perfil um pouco diferenciado. Aqui, o pessoal vai direto ao ponto e não esconde atrás de bolsas Prada ou outras criações de Marc Jacobs a real finalidade do assunto: é bunda pra cá, peitos pra lá, gente que já mostrou tudo na revista masculina julgando e falando mal da atriz do novo filme pornô aqui e ali , enfim, uma banalização sem limites, tudo para quê? Sim, tudo pela audiência...

Não é preciso muita inteligência para saber que se esses programas existem é porque realmente algum retorno eles dão. Além disso, o público realmente escolhe o que quer ver e gosta da banalização em sua maioria, gosta de ver o sexo se tornar uma moeda de troca para fama, dinheiro ou simplesmente para superalimentar o ego de alguém. Só não quero ouvir depois essas mesmas pessoas dizendo que tudo está perdido e que as coisas andam muito fáceis no campo amoroso.

Pode ter certeza que vários que idolaram o status do sexo são os primeiros a julgar previamente aquela moça passando na rua, "aquela 'piriguete'". Antes, em suas casas, aplaudiam a banalização e o falso poder que o sexo nunca teve, mas rejeitam cinicamente o resultado disso tudo quando ele passa justamente na sua frente ...

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