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Hoje é dia de Capitu...

Fiquei empolgada com a minissérie ‘Capitu’, que será exibida hoje à noite sabe se lá que horas. Vi algumas fotos da produção e das locações e fiquei encantada com a proposta que mescla irreal, antigo e atual. Tudo bem que parece lembrar bastante (ou é igual a) ‘Hoje é dia de Maria’ , porém isso me deixa ainda mais curiosa para saber como os personagens serão trabalhados desta vez. Li Dom Casmurro quando ainda nem estava no colegial e não me arrependo de ter escolhido esta obra para me apresentar aos maravilhosos textos de Machados de Assis. Para dizer a verdade nunca gostei muito de histórias romantizadas (até hoje não sou muito fã), mas posso dizer que o sarcasmo disfarçado e a habilidade em montar um bom roteiro fizeram com que eu admirasse este autor. Da mesma forma que José Lins do Rego, Machado de Assis sempre conseguiu me seduzir com suas palavras e foi um dos responsáveis por eu gostar tanto de literatura brasileira. Com certeza hoje durmirei bem tarde...

Um dia de mulherzinha...

Um dia desses acordei me sentindo uma verdadeira mulherzinha. Logo de manhã deu vontade de tomar um banho mais demorado do que de costume, de passar creme em todo o corpo, perfume, de colocar vestido, deixar o cabelo preso, passar rímel, blush, batom e colocar um belo salto alto, mas desisti deste último porque o mais bonito que tenho deixa qualquer um com dor nas pernas. Mas tudo bem porque peguei uma sapatilha linda, presente de minhas amigas, e saí super atrasada de casa. Durante o dia incorporei a tal da mulherzinha. Fiquei irritada, descabelada, comi muito chocolate ainda na parte da manhã, fiz várias coisas ao mesmo tempo, achei linda aquela roupa lá da loja ao lado do banco, me senti gorda, tive cólica, comi mais chocolate, arrumei a calcinha que estava me incomodando, fiquei chata do nada e queria gritar bem alto tudo o que sentia, sem medo de ser julgada. Depois, sem nenhuma explicação, voltei a ficar bem-humorada e calminha. Quase no fim da tarde deu saudades do namorado, da

Sempre dezembro...

Horário estendido e aquele calorzinho gostoso, que te convida a festejar o fim de tarde mesmo depois de um dia muito cansativo, seja para fazer o que for. Já no caminho de casa surge aquela vontade de andar por aí com o vidro do carro totalmente aberto, só para sentir o vento no rosto. Sem perceber começa a ir mais devagar e aproveita para ouvir algumas notícias no rádio, pois adora fazer isso. Ao chegar onde deseja brinca com os cachorros, bate papo com a família, toma um banho gelado, come alguma coisa e sai por aí com o cabelo todo bagunçado, só se importando em ver o céu cheio de estrelas. O clima é o melhor que há e você jura não existir melhor época que esta. A sensação é de que todo mundo sente a mesma coisa, aquela vontade de aproveitar cada segundo bom que o dia lhe oferece. Pode garoar, fazer frio, calor, cair aquele pé d'água e depois voltar a ficar quente de novo, as sensações serão as melhores, certamente as que ficarão guardadas na memória por toda a vida. Amo dezembr

Desconforto com a falsa necessidade...

O brasileiro nunca teve tanta coisa. Não importa quanto vai receber no fim do mês, as casas já estão cheias de eletroeletrônicos de todos os jeitos, da televisão com tela plana de 50' na sala ao iPod que não sai do lado do seu dono mesmo quando ele entra no banho. Os artigos de luxo também estão cada vez mais presentes nos lares. Cosméticos que valem mais do que deveriam e que mal cumprem a promessa marqueteira estampada nos rótulos; perfumes com fragrância forte e preços que ultrapassam até um salário mínimo. Mas não tem importância, são todos comprados naquela loja do shopping conceitual, aquela que a madame do condomínio adora. No guarda-roupa a história não é diferente. As roupas com marcas famosas sobressaem, mesmo que tenham sido divididas em 10 vezes sem juros no cartão de crédito. O importante é mostrar a etiqueta, pois é dela a culpa do absurdo convertido em moda. E se a situação mudou tanto dentro das casas, nas ruas não poderia ser diferente. Os carros saíram das montado

E ele está apenas começando...

Estava na casa da minha tia Renata, ajudando a montar um painel para escola na qual ela dá aulas de português. Era uma espécie de jornal-mural que ela produziu junto com suas turmas para comemorar os 40 anos da escola municipal Júlio de Mesquita Filho, de Campinas. Para adiantar um pouco as coisas para ela, comecei a digitar os textos dos alunos do 5º ano (4ª série) sobre os perigos do cerol. Li vários bem redigidos, uns que não expressam tanta vontade e outros normais. Foi então que me deparei com uma letrinha bem pequenininha, de um estudante chamado Eric Alexandre. Achei uma graça o jeito dele escrever, porque dá para perceber o cuidado que teve em desenvolver a história e passar para uma folha de caderno. Não aguentei ao ler uma criança escrevendo na linguagem certa para o público de sua idade e tive que postar uma pequena parte do texto aqui: "O cerol matou muita gente e apesar de ser uma brincadeira de criança virou uma arma mortal (...). O cerol é usado muito por crianças p

Apenas dois parágrafos sobre Marina...

Marina não é uma menina como as outras. Ao invés de idealizar seu futuro ao lado de um amor qualquer e rodeada por filhos, sonha em viver de música, pintura ou poesia (sozinha de preferência, por favor). Desde que soube o que realmente queria, divide sua vida com acordes e sonetos, tintas roxas ou amarelas, e faz questão de não deixar nada de bom passar. Muitos dizem por aí que ela está perdida, que não tem nada na cabeça, mas Marina prefere dizer que só leva uma vida diferente, com sonhos diferentes e um pouco distante do que os outros estão acostumados. Só isso, apenas quer seguir sozinha seus próprios passos...

Game over ou xeque-mate?

Realmente é bem difícil pertencer a geração videogame. Basta ter duas mães pertinho de você para que elas já comecem a falar que seus filhos não largam os benditos jogos eletrônicos e que também não saem do MSN, que este mundo está perdido e que eles nunca vão parar de jogar. Umas até se exaltam ao falar que o bom mesmo era quando os jogos não eram eletrônicos, eram de tabuleiro. A única coisa boa nisso é que a minha nunca está no meio. Toda vez que isto acontece penso seriamente no quanto esta garotada deve ouvir de reclamação por aí, por que se isso acontece comigo que tenho 23 anos imagina com os que têm 8 ou 15 anos? O bacana é que não importa se elas me conhecem há cinco minutos, é bem comum eu ser pega de surpresa ao ser questionada sobre o que elas devem fazer com seus filhos, que mais ‘parecem um bicho noturno que não largam o computador e videogame. Não adianta falar, eles adoram tanto aquilo. Será que eles terão um bom futuro, meu Deus!!?? Essa geração está perdida!!" .