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Às vezes...

Às vezes me canso de escutar as mesmas músicas e acreditar que gosto delas; de ouvir falsos discursos que valorizam atitudes erradas e sem fundamento... Às vezes me canso das pessoas, suas manias e crenças; do descaso com as atitudes corretas, frequentemente substituídas por ações mascaradas e errôneas... Às vezes me canso da inversão de valores de toda uma geração, que ostenta o que nunca serão; da falta de juízo que passam adiante a pequenos que serão seus piores precursores... Às vezes me canso das palavras vazias e da superficialidade das frases de efeito, que só inflam egos incapazes de suportar a realidade de suas vidas; de reações que só levam em consideração a primeira pessoa do singular, desprezando todas as outras do plural... Às vezes me canso das pessoas que falam sem parar e do desprezo que têm em ouvir, escutar o que o outro tem a dizer; de ver como destratam aqueles que as criaram e da falta de humildade para aceitar opiniões, por saberem como é difícil mudar sua fraca m

E a ideia deste povo continuará com acento...

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Vou dizer que ando decepcionada com a falta de interesse das pessoas e com o que é dito e escrito por aí. Outro dia estava ouvindo a rádio Nova Brasil e os apresentadores do programa Radar fizeram a seguinte pergunta aos ouvintes: você já procurou saber algo sobre a nova reforma ortográfica? Eu, a caminho de casa, logo imaginei que era impossível uma pessoa não se preocupar com a língua materna e com as mudanças que ela sofreu recentemente, afinal este assunto está em pauta há no mínimo oito meses. Logicamente sempre haverá os que não se preocupam, mas por ter sido um assunto tão falado julguei que a resposta positiva seria esmagadora, até porque a escrita está presente em cada parte de nosso dia. E foi aí que tive plena certeza de que a realidade sempre é pior do que se imagina. Ao contrário do que eu poderia imaginar mais de 55% dos ouvintes não procurou saber sobre as mudanças na ortografia; e este resultado me deixou seriamente preocupada e emputecida. Aliás, só serviu para fomenta

Guru 2.0

Se antes as pessoas buscavam nos livros de autoajuda e nas cartomantes de bairro as respostas às suas questões mais pessoais, hoje elas encontram tudo isso em apenas um clique, de forma simples e personalizada. Não, definitivamente não estou ficando louca. A verdade é que também há indivíduos que usam o Google para pesquisar sobre seu futuro e sobre o que devem fazer diante de determinada situação. Para isso, só digitam o problema e clicam em “Pesquisa Google ” e, se quiserem, ainda podem delimitar a busca por idioma. Isto até pode soar estranho, mas o Google é para alguns usuários muito mais que uma ferramenta de busca, virou uma espécie de autoajuda 2.0, um guru modernete, uma cartomante virtual, praticamente um facilitador de questões. Quer um exemplo? Muitos chegam até este blog (e ao seu também) digitando confissões e segredos. Digo isso porque em meu relatório de acessos sempre é possível observar as pesquisas absurdas que as pessoas fazem, do tipo " Eu aceito ou não aquel

Boa notícia, Zin'bar na área!

O post de hoje nem é para ser considerado um post para dizer a verdade. Também é bem diferente do que costumo colocar por aqui, mas é que fiquei tão feliz com o "achado" que não poderia deixar passar! Meu querido Zin'bar reabrirá em breve, um pouco mais requintado, porém acabará com a minha saudade. Já tem até animação rolando no youtube... Aos que também amam este lugar e querem fazer parte da comunidade no orkut, aqui vai o endereço: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=6496781 PS: sei que ando longe das postagens, mas é por um motivo importante. Até sábado! Beijos e obrigada pela visita ; )

Você tem medo de quê?

Tem gente que tem medo de errar em algum momento, medo de montanha-russa, medo de ver uma lagartixa enorme na escada, medo de ficar careca, medo de perder alguém especial e de filme de terror. Outros têm medo de não conseguir fazer determinada coisa, medo da mãe do amigo, medo de novas oportunidades, têm medo de sair da zona de conforto ou de dizer algumas verdades. Na realidade não importa do que você sente medo, pois todos temos medo de muitas coisas, é natural... Bem, tudo isso para dizer que esta música do Lenine, cantada com a participação de Julieta Venegas, é um resumo de muitos medos cotidianos. Entretanto, não há porque ter medo em escutá-la várias vezes...

Bom dia para você também...

Pedro era o típico homem que gostava de preservar alguns costumes. Diariamente, a caminho do trabalho, fazia questão de dizer “Bom dia” a todos que passavam ao seu lado, mas raras eram as vezes que recebia uma resposta; poucos eram os sorrisos verdadeiros. Apesar de quase sempre ser ignorado ou pensar que falava com o nada, Pedro não conseguia perder este costume que fazia questão de fomentar todos os dias, desde os tempos em que sua mãe ainda puxava sua orelha. No elevador do prédio no qual trabalhava continuava a exercitar os bons modos aprendidos em casa, mesmo sabendo que estava cada vez mais difícil. Cansado de desejar bom dia e tentar perpetuar algo que parecia ser impossível, resolveu se adaptar à realidade atual e mudou seu jeito de agir. Ao caminhar no outro dia pela mesma rua de sempre, nem mais uma palavra saia de sua boca. As pessoas o encaravam esperando o momento certo para o ignorarem, mas agora se sentiam invisíveis e incapazes de mudar o dia de alguém; passaram a senti

Espetáculo natural

Da sacada de casa vejo o tempo transformar-se. O céu, que era azul e claro, resolve mudar subitamente o cenário. As nuvens, antes mera coadjuvantes, unem-se delicadamente e dão um novo rumo à história. A ordem é para que o sol saia de cena e fique atrás das cortinas, pois agora são as nuvens e suas pequenas gotas que devem sobressair. Vento e trovões acompanham bem de pertinho cada gesto das pequeninas, já que são os responsáveis por dar mais dramaticidade e emoção à cena; devem acompanhar de perto a dança fresca das partículas. Aos poucos, o personagem principal sente que deve voltar ao cenário para que seus raios acalmem os nervos de todos que ali atuam; não parece, mas faz parte do roteiro. E após toda esta confusão a história parece terminar e tudo volta ao seu estágio inicial, como da primeira vez que vi uma chuva de verão. Me resta, então, aplaudir este espetáculo único que acompanho tantas vezes da sacada de minha casa.