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Completamente arrasadores...

Domingo, 22 de novembro. 18h42. Estou de volta em casa após um fim de semana que planejei há tanto tempo. Mesmo após um dia do show do The Killers , banda que conheci, de fato, há um ano, os refrões, letras e acordes não param de tocar em minha mente. Realmente são matadores, sem trocadilhos. Tudo foi perfeito e essa confirmação fica mais forte a cada momento. Queria ter aproveitado ainda mais que aproveitei, mas seria impossível. Meu amigo Anderson pode confirmar isso. Me diverti sem medo de ser reprimida ou vergonha de pular como uma louca, afinal era uma no meio de tantos... A matéria escrita pela Mariana Tramontina , da Uol, reflete bem o que senti desde o momento que pisei na Chácara do Jockey, no início de uma noite chuvosa em São Paulo, até o último refrão de uma canção que muitos tocam no jogo Guitar Hero e nem sabem o quão é linda e emocionante ao vivo. As músicas que se tornaram inesquecíveis e marcarão este dia tão especial para mim, caso queiram conhecer: Human Th

Que frescura é essa, menino?

Definida pelo Michaelis como uma qualidade , o termo frescura tem caído como uma luva em diversas situações vivenciadas pelo bicho estranho que é o ser humano. Apesar de ser um substantivo feminino e comumente associado às meninas que gritam por qualquer coisa, reforço aqui que esta palavrinha nunca pôde ser tão utilizada para caracterizar os novos trejeitos masculinos. Já aviso que este texto não se trata da mania idiota de dizer que frescura está relacionada à sexualidade. Falo, na realidade, sobre a atitude que tem tomado conta da personalidade destes muitos mamíferos bípedes do sexo masculino, dotados de inteligência e linguagem articulada, que ultimamente estão me irritando com tantas ações que poderiam ser definidas como coisas típicas de mulherzinha . Sim, os homens estão agindo, muitas vezes, com uma fresquidão fora dos limites aceitáveis até para a mais chata das criaturas. Atitudes infantis com discursos imaturos e fúteis, acompanhados sempre de não-me-rele-nem-me-toque

O primeiro Gradiente realmente não se esquece...

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Olha eu aí, com três anos, em plena forma, fazendo pose para foto e com a mão na cintura. Nesta época já gostava de ter franja, infelizmente usava conjuntinho combinandinho e sandália estilo gladiadora, destas que vendem a rodo na Arezzo ou na Empório Naka e que hoje tenho horror. É legal recordar que a única preocupação que tinha, na época desta foto, era se  poderia levar meu pastor Lobo (Popou para os íntimos) para passear ou se teria que dormir à tarde obrigada pela minha mãe, que insistia que o sono da tarde era tão importante quanto o da noite, para que eu fosse uma criança feliz. Entretanto, tente explicar para uma pessoa de três anos que o sono é mais legal que enterrar o Lango-lango no quintal da sua avó? Enfim... E como toda criança das décadas de oitenta e noventa também tinha meus sonhos impossíveis, que, neste caso, era um gravador todo colorido, com microfone e que dava para levar para qualquer lugar. Nem sabia que se chamava Meu primeiro Gradiente , mas queria muito t

O início, o meio, o fim e o recomeço...

Só de ouvir o som da palavra início o coração já começa a bater mais acelerado, as pernas tremem e os braços parecem não responder aos estímulos que enviamos ao cérebro; a sensação é de um perfeito idiota tentando controlar um simples movimento, mesmo que seja um sorriso tímido. Diante da situação, o único jeito de saber se será bom ou ruim é seguindo em frente. Passa um tempo e tudo parece se encaixar, o corpo volta a responder àqueles estímulos e surge a confiança para aproveitar o que a situação tem a oferecer, em seus altos e baixos. Quando isto ocorre quer dizer que se chegou ao meio, aquele ponto no qual nem tudo se realizou ou se mostrou em sua totalidade ou com toda a intensidade. É a fase da descoberta, dos pés firmes no chão. Este momento, situado aproximadamente à mesma distância do começo e do final, é que esconde a questão mais perigosa: decidir adotar permanentemente o estável ou voltar à etapa do primeiro parágrafo. Caso a segunda opção seja a desejada, inicia-se então a

Será que falta tempo mesmo?

Um amigo disse-me há alguns dias que não para para olhar o céu porque não tem tempo para isso. Juro que fiquei espantada com a afirmação e pensei rapidamente: que pessoa neste mundo não tem um minuto sequer para olhar para cima e contemplar uma coisa tão bonita? Assim que o questionamento estampou meu pensamento logo veio a resposta, fria e direta: antes de qualquer coisa há quanto tempo eu, euzinha, não consigo parar um minuto do meu dia para ver, sei lá, o tempo lá fora pela enorme janela bem à minha frente, das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira? Podemos até dizer que a correria e as necessidades momentâneas, principalmente a eterna urgência disfarçada de falta de planejamento (sua e dos outros), são as grandes culpadas pela falta de tempo, mas a verdade é que esta culpa é somente nossa e de mais nada. Se parássemos um minuto de nosso dia e olhássemos a beleza do céu, ou seja lá o que for que lhe deixa feliz, o dia seria mais leve, ganharia um ritmo diferente e a reclamação pod

Dentro de um copo d’água...

Imagine se pudéssemos ver o futuro no fundo de um copo d'água, desses que temos na cozinha de casa. Sinceramente não sei nem de qual forma isso seria possível e se gostaria de enxergá-lo. Mas se eu pudesse ver o futuro, bem lá no fundo do copo, gostaria de ver sorrisos, abraços e gargalhadas, que quase sempre são mais engraçadas que o motivo que as geram. Queria ver chuva, mar, calor, estrelas e palavras que fizessem algum sentido, sempre que eu as precisasse ler ou ouvir. Queria ver pessoas queridas e amadas por todos os cantos, não essas que nos chateiam diariamente e que torcem com empolgação pela infelicidade alheia. Queria ver acordes, rimas e cores, de todos os jeitos. Entretanto, se eu pudesse ver o futuro no fundo de um copo d'água seria obrigada a encarar medos desnecessários, sofreria por antecedência justamente por não poder evitar o inevitável. Teria que ver todas as decisões que teria que tomar e escolhas feitas, me limitando a seguir um caminho fixo, repleto de at

Olhos de menino...

Ele não sabia como seria seu dia. Apenas entrou no carro sem perguntar nada, pois não queria mais ver o desespero daquela menina pela qual poderia dar sua vida. Durante horas se deixou levar para um local que imaginava ser obscuro, mas não tinha medo. Estava lá para ajudá-la a se localizar e a ficar mais calma; gostava do papel que tinha na vida da menina. Há mais de 20 anos ele não passava por aquelas ruas tão distantes. Percorreu quilômetros até chegar lá e, pela janela do carro, só conseguia ver carros e mais carros, além de ouvir aquelas buzinas infernais e que tornavam o percurso um pouco irritante. Chegando ao local desejado, a menina correu para seu compromisso indesejado e ele resolveu desvendar sua curiosidade, queria clarear o que julgava obscuro. Horas se passaram e os olhos de menino tomaram a alma deste homem; só acompanhavam as avenidas movimentadas. O azul daqueles olhos, acostumados ao verde das árvores e ao vermelho do barro, se renderam ao cinza das ruas. Sequer conse