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Melhor buscar um cappuccino...

Aula de teoria e correntes literárias. Às 9h17, sinto-me entediada, com sono e só consigo pensar num bendito cappuccino. Quando não o idealizo em minha boca, relembro de pessoas que me decepcionaram ou que me irritaram bastante. Acho até que estou sob a influência dos autores nórdicos de Madame de Staël, com suas melancolias e textos sombrios, ou meus pensamentos são apenas fruto do tédio? Que raciocínio chato e sem fim.  Enquanto escrevo este texto e tento fazer as anotações da aula, estes indivíduos ficam batendo em minha mente com um martelo; não gostam do esquecimento. Entre eles está aquela universitária, pela qual abdiquei uma vaga de estágio para que ela pudesse deixar aquele emprego que odiava e entrar na área. Ela nunca soube disso, mas um ano e meio depois fez da minha vida um inferno, espalhando boatos e falsas verdades; deveria ter dito algumas para ela, mas já foi. O pior é que ela me fez lembrar daquele menino que tornou-se de um dia para o outro naquilo que mais repud

Aquela casa...

Há uma casa muito bonita e antiga na rua pela qual agora passo todos os dias a pé. Localizada bem no centro da cidade, ela parece não se importar com o barulho e com a movimentação de tantos carros, motos, pessoas e buzinas o dia todo. Até me sinto idiota em ficar admirando algo tão inanimado quanto uma casa, mas fazia tempo que alguma coisa não me chamava tanto a atenção quanto aquela construção toda branca e, com certeza, bem mais velha que eu.  Não sei se são os gramados tão bem cuidados ou as dezenas de árvores enormes ou as muitas, muitas flores que enfeitam seu jardim. Também não sei se é por causa daquela varanda de mármore que transmite frescor à sombra, nestas tardes tão quentes deste verão, e que rodeiam ela toda. Pode até ser aquelas paredes brancas e um quintal tão longo que queria espiar lá no fundo, na qual há uma espécie de galpão conservado e que me deixa muito curiosa para ver aquilo que não posso. Isso sem contar o interior dela, que pode não ser tudo aquilo que

Um viva à caloria!

Este soneto é especialmente dedicado a nós, mulheres, que sempre teimamos com calorias e gorduras do saquinho de pipoca ou com um quilo a mais ou a menos: Soneto Torremista Não basta a ditadura que já dura e vem a ditadura antigordura! Saímos do regime militar, caímos no regime do regime. Censuram-nos até no paladar! Trabalho, horário, imposto, compromisso. Orgasmo não se tem como se quer. Só sobra o bom do garfo e da colher, e os nazis nariz metem até nisso. Maldita seja a mídia, sempre a dar espaço à medicina que reprime! Gestapo da "saúde" e "bem-estar"! Resista! Coma! Abaixo a ditadura! A luta tem um símbolo: FRITURA! Glauco Mattoso

Um pouco de MPB...

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Um jeito sofisticado de pronunciar palavras que não devem ser ditas em voz alta:

Apenas por conveniência...

Com certeza você já vivenciou alguma situação parecida com esta que vou descrever: um dia um Fulaninho aí, que nunca olha na cara de ninguém, vem todo simpático na sua direção e aperta a sua mão. No dia seguinte o(a) cumprimenta, lhe pede algo - todo manso e calmo - e você faz o possível para ajudá-lo. Contudo, já na manhã seguinte, o mesmo Fulaninho  volta a ignorá-lo(a) totalmente. Pois bem, saiba que o ser humano age por pura conveniência e que ninguém está livre desta qualidade (ou defeito?), que parece alimentar as relações interpessoais.  Sim, é verdade. As pessoas muitas vezes se relacionam puramente por interesse ou lucro, procurando algum tipo de benefício imediato ou de longo prazo. Pode até parecer exagerado, mas a maioria suporta o próximo simplesmente para ter ou manter algum tipo de vantagem, seja esta uma necessidade momentânea ou apenas uma luxúria. Por isso, descartam e ignoram aqueles que nada podem oferecer, pelo menos por enquanto. Contudo, quem não age desta for

A mais difícil das metas...

Em 2011 está decidido: não quero mais ficar com a cara típica de quem bateu o dedinho do pé no canto da cama. Por este motivo, a meta que escolhi neste ano será manter o bom humor todos os dias. Tudo bem que não passo nem perto do tipo de pessoa "Bom dia por quê?", mas tive que fazer esta opção porque paciência é uma qualidade que tem limite e precisa ser renovada depois de muito tempo de uso. Como não há como comprá-la por aí, partirei para esta nova tentativa e espero, sinceramente, que dê certo.  Para conseguir cumprir esta missão tão difícil já providenciei alguns itens indispensáveis aos que desejam ter um estado de espírito tendencioso à graça: piadas curtas e ruins (minhas prediletas, é óbvio) e um repertório de músicas que ninguém mais lembra, para ser utilizado nos momentos nos quais posso me desviar do objetivo principal e também distanciar os causadores da possível fadiga mental. Sendo assim, não brigue comigo se eu começar a cantarolar algo do tipo exótico; até o

Aos amantes de gírias antigas, ser brotinho é...

Faz tempo que não compartilho por aqui os textos que mais gosto, que não me dedico a este projeto pessoal tão especial. Aliás, confesso que faz um bom tempo que não faço o que gosto: ler ser compromisso e escrever sem ser chapa-branca. Eis então que para retomar estes meus desejos relembro de uma crônica muito boa do Paulo Mendes Campos, que me chamou a atenção há alguns anos e que é uma boa leitura para uma noite de chuva como esta.  Aproveito e dedico-a especialmente às minhas queridas amigas, que sempre tiram sarro de meu vocabulário repleto de gírias antiquadas - acredito que isso até renderá um futuro post . Lembrem-se: vocês me irritam, mas gosto muito de vocês! ;)  *** Ser Brotinho    Paulo Mendes Campos Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado: é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível. Ser brotinho é não usar pintura alguma, à