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Se ela dança, eu danço? Eu não teria tanta certeza assim...

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Uma simples aula de dança pode ser, para muitos e muitas, um momento de fácil entretenimento e diversão. Para mim, contudo, fazer qualquer tipo de movimento corporal para acompanhar uma música ou um ritmo é um tipo de atividade ou de expressividade na qual realmente não levo jeito mesmo, definitivamente. Aliás, a minha relação com a dança sempre foi um tanto quanto traumática e uma coisa que até deveria ser analisada e estudada pela ciência, pois só com a ajuda de conhecimentos mais avançados ou com o auxílio da física e seus fundamentos seria possível explicar a minha total falta de similaridade com este tipo de atividade corporal. Esta dificuldade, na verdade, remonta os tempos de infância, quando os coques e passos do balé me assustavam tanto quanto um filme do Freddy Krueger ou quando, já na adolescência, eu ia assistir aulas de jazz – todas as minhas amigas da época faziam, poxa – e me deparava com um monte de meninas tendo que aguentar a voz irritante e o jeito de orientar

Quando o ruim está bom e o bom está ruim...

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O dia está lindo lá fora. O céu está claro, os pássaros cantam, as flores enchem os olhos e enquanto todo mundo está lá, contemplando e dizendo em voz alta as maravilhas de um dia realmente bonito, lá vem um "Dito" - ou uma "Dita" - e já começa a colocar defeito em tudo: eu acho que está muito quente, o céu está claro demais, porque na minha opinião eu já vi dias mais bonitos que este (...) bem que hoje poderia estar um pouco mais frio, porque eu penso que dias mais frios e escuros são mais legais... e por aí vai um longo discurso que, na maior parte das vezes, chega no limite da redundância e da chatice, daqueles feitos sem critérios e - o pior - que não tem fim. Com certeza você, leitor, conhece alguém com este perfil. Esta pessoa pode ser o seu vizinho, seu ex-marido ou namorado, seu ou sua colega de trabalho, sua namorada ou esposa durante a época da Tensão Pré-Menstrual - a famosa TPM - ou em todos os dias da vida dela, o pintor da sua obra,  a faxineira

Dispenso o cravo, só fico com a canela...

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Às meninas e mulheres quem levam em seu registro de identidade o mesmo nome que o meu nem é preciso explicar, pois esta situação é extremamente comum. Basta o simples fato de conhecer ou ser apresentada a uma nova pessoa que logo após os cumprimentos educados iniciais e a troca das “graças” lá vem a piadinha que nunca sairá de moda: “Gabriela, cravo e canela?”. Pois é, pode até parecer simpático à primeira vista. Contudo, imagine-se ouvindo este comentário espirituoso durante toda a sua infância e, ainda no ápice do período infanto-juvenil, descobrir que o bendito referenciava uma obra literária regionalista muito famosa de Jorge Amado, traduzida para aproximadamente 15 idiomas e que abordava – dizendo isso de maneira muito superficial e sem uma análise abrangentemente literária – o ciclo do cacau, com seus coronéis, prostitutas e todo tipo de 171. Até aí tudo bem vai, que exagero o meu. Entretanto, para incrementar um pouco, agora some o “Gabriela, cravo e canela” ao irônic

Que venha a sexta-feira!

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Quando a semana é corrida e você nem consegue falar um simples "olá" para você mesmo(a) no espelho, a chegada da sexta-feira é um motivo de extrema felicidade, mesmo que haja mais trabalho no sábado. Pode ser até um pouco psicológico ou herança dos tempos da escola, mas de qualquer forma sempre é bom festejar a chegada de uma aguardada sexta-feira, mesmo quando ainda é uma quinta-feira. E para comemorar este dia da semana tão feliz, que nunca hesita em nos animar, nada melhor que uma música com nome e cara de sexta-feira! Com vocês,  The Cure com Friday I'm in love : E se você achava que nada poderia ser melhor que uma sexta-feira, pode acreditar que essa música conseguiu tornar o impossível ainda melhor! Aproveite seu fim de semana! :)

O senhor da empatia...

Em alguns momentos chega até a ser engraçado a forma com a qual nos identificamos ou não imediatamente com as pessoas, sobretudo com determinados seres humanos que vemos todos os dias mesmo não os conhecendo de fato. Não sei se este tipo de experiência, de identificação imediata com o próximo, significa de alguma forma compreender o que o outro pensa e se sentir confortável com isso, mas a empatia realmente é um sentimento que pode mudar o rumo de nosso dia e, acreditem, torná-lo bem melhor.  Digo isso porque fiquei refletindo acerca disso hoje, de como chega a ser estranho a forma com a qual criamos uma simpatia por pessoas que não conhecemos, ainda que nenhum dos dois se expressem de modo explícito ou objetivo; às vezes apenas um simples oi ou um aceno - mesmo que com a sobrancelha - bastam. E justamente por causa deste gesto simples é que criei uma empatia sem tamanho por um senhorzinho, destes bem bem bem velhinhos, que vejo à tarde quando saio do meu trabalho.  Com uns 80 ou 90

A má educação é irmã da arrogância...

Nada justifica uma pessoa ser mal-educada ou insolente. Aliás, sou do tipo que não tem mais paciência para aguentar esta variação de ser humano, que faz da ignorância e da ironia sua personalidade ou as utilizam como uma máscara à presunção e à sabedoria descabida e inexistente. Ninguém tem a obrigação de aguentar estas coisas. Na realidade acredito que a má educação esconde algum tipo de defeito ou insegurança muito grave, justamente aquilo que deve ser omitido a qualquer custo e que denuncia a verdadeira personalidade egocêntrica do fulaninho . Ao invés da arrogância com o outro, não seria melhor olhar para seu próprio descontentamento pessoal? Nariz lá em cima nunca foi sinônimo de poder e inteligência, mas de falta de confiança em si mesmo. Vale ressaltar que ninguém é superior a ninguém e que, um dia ou outro, vamos acabar indo para o mesmo tipo buraco, não importa quem seja ou o que tenha. Atitudes medíocres de superioridade inexistente só perduram enquanto seus autores vivem

Melhor buscar um cappuccino...

Aula de teoria e correntes literárias. Às 9h17, sinto-me entediada, com sono e só consigo pensar num bendito cappuccino. Quando não o idealizo em minha boca, relembro de pessoas que me decepcionaram ou que me irritaram bastante. Acho até que estou sob a influência dos autores nórdicos de Madame de Staël, com suas melancolias e textos sombrios, ou meus pensamentos são apenas fruto do tédio? Que raciocínio chato e sem fim.  Enquanto escrevo este texto e tento fazer as anotações da aula, estes indivíduos ficam batendo em minha mente com um martelo; não gostam do esquecimento. Entre eles está aquela universitária, pela qual abdiquei uma vaga de estágio para que ela pudesse deixar aquele emprego que odiava e entrar na área. Ela nunca soube disso, mas um ano e meio depois fez da minha vida um inferno, espalhando boatos e falsas verdades; deveria ter dito algumas para ela, mas já foi. O pior é que ela me fez lembrar daquele menino que tornou-se de um dia para o outro naquilo que mais repud

Aquela casa...

Há uma casa muito bonita e antiga na rua pela qual agora passo todos os dias a pé. Localizada bem no centro da cidade, ela parece não se importar com o barulho e com a movimentação de tantos carros, motos, pessoas e buzinas o dia todo. Até me sinto idiota em ficar admirando algo tão inanimado quanto uma casa, mas fazia tempo que alguma coisa não me chamava tanto a atenção quanto aquela construção toda branca e, com certeza, bem mais velha que eu.  Não sei se são os gramados tão bem cuidados ou as dezenas de árvores enormes ou as muitas, muitas flores que enfeitam seu jardim. Também não sei se é por causa daquela varanda de mármore que transmite frescor à sombra, nestas tardes tão quentes deste verão, e que rodeiam ela toda. Pode até ser aquelas paredes brancas e um quintal tão longo que queria espiar lá no fundo, na qual há uma espécie de galpão conservado e que me deixa muito curiosa para ver aquilo que não posso. Isso sem contar o interior dela, que pode não ser tudo aquilo que

Um viva à caloria!

Este soneto é especialmente dedicado a nós, mulheres, que sempre teimamos com calorias e gorduras do saquinho de pipoca ou com um quilo a mais ou a menos: Soneto Torremista Não basta a ditadura que já dura e vem a ditadura antigordura! Saímos do regime militar, caímos no regime do regime. Censuram-nos até no paladar! Trabalho, horário, imposto, compromisso. Orgasmo não se tem como se quer. Só sobra o bom do garfo e da colher, e os nazis nariz metem até nisso. Maldita seja a mídia, sempre a dar espaço à medicina que reprime! Gestapo da "saúde" e "bem-estar"! Resista! Coma! Abaixo a ditadura! A luta tem um símbolo: FRITURA! Glauco Mattoso

Um pouco de MPB...

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Um jeito sofisticado de pronunciar palavras que não devem ser ditas em voz alta: