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É, cumplicidade, parece que foi ontem...

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Tinha acabado de estacionar o carro numa vaga bem apertadinha, encontrada com sorte ao retornar do meu almoço hoje à tarde, quando o celular tocou e atendi sem se quer ver o número da ligação. Do outro lado da linha, uma voz suave e calminha disse: “Gabi, é você?” E eu imediatamente reconheci a voz da pessoinha simpática dizendo: “É sim, é a Natália?”. E teve início, então, uma conversa breve, porém muito animada e cheia de saudade com uma amiga muito querida, que não vejo pessoalmente há, no mínimo, uns quatro anos. Apesar de parecer uma situação trivial para muita gente, a conversa fluiu como se não tivéssemos parado de nos ver, como se tivéssemos nos falado ainda ontem ali, na esquina, ou em outro lugar qualquer. Quatro anos recuperados em menos de dois minutos, numa conversa breve – porém ótima – ao telefone celular. Juro que adoro quando isso acontece, pois é quando a cumplicidade demonstra que o tempo não é capaz de influenciar uma relação entre duas pessoas que se go

Sorrindo à la Amélie Poulain...

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Dona Monalisa que me perdoe, mas se há um sorriso muito mais enigmático e que reflete sua percepção ou sentimento em qualquer tipo de situação, qualquer tipo mesmo, este só pode ser o de Amélie Poulain. Você pode até não conhecê-la ou não ter ideia de quem possa ser esta nobre criatura – a Mona é bem mais popular, convenhamos -, mas nem por isso precisa ir correndo ao Google e bater o dedinho do pé no batente da porta pela pressa-curiosa para saber ou ver quem é esta tal fulaninha e como é seu sorriso, pois a resposta está mais próxima do que se pode imaginar. Dúvida? Vamos lá! Pense num momento em que ficou com uma vergonha alheia tão absurda e que precisava disfarçar seu desconforto ou então numa situação em que você está ouvindo tanta besteira daquele chato de galocha que nem pode responder, para não se prejudicar ou prejudicar outras pessoas. Se ficar difícil imaginar isso, então recorde aquele dia em que o céu estava lindo e você ficou feliz ou   abriu a geladeira, comeu com

O verdadeiro galo da madrugada...

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Estava lá, num sono gostoso e profundo, quando comecei a ouvir um galo cantar todo animado. Na minha cama, de pijamas, quentinha e não entendendo muito bem se era parte do sonho maluco que estava tendo ou realidade, ouvia o bendito galo cantar sem parar. Até levantei para ver que horas eram, pois o bichinho estava tão afinado que só deveria estar dando boas-vindas a um novo dia com sol e céu claro. Para minha surpresa, porém, o sol estava longe de aparecer: eram 2h30 da matina, em plena sexta-feira,  17 de agosto de 2012, e o bichinho a cantar sem parar. Do outro lado da história, eu, que estava desfrutando do sono profundo e fui surpreendida com tanta cantoria, querendo recuperar e voltar ao sonho maluco e ao soninho gostoso. Contudo, o galo continuou por muito tempo com seu repertório; o mesmo tempo, aliás, que eu levei para voltar a dormir. Durante os demorados minutos em que o galo cantor dava seu show particular em algum quintal perto de minha casa, comecei a me lembra

Ficando feliz por nada novamente...

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Há períodos em nossas vidas nos quais não nos identificamos com absolutamente nada. E nesta fase, caro leitor, tudo costuma ser sem graça, pois não há nada que nos tire da mesmice de sempre e da rotina chata. Nestes tempos difíceis nenhum barzinho tem a coxinha que gostamos, nenhum livro é digno de nossa atenção na prateleira da livraria, nenhuma banda consegue criar uma nova canção que nos agrade, nenhum prato de comida se torna objeto de nosso desejo, nenhuma fotografia consegue nos emocionar, nenhum filme consegue entrar para a lista dos mais queridos, nenhum assunto é digno de se tornar uma crônica e – pasmem, sobretudo os seres do sexo feminino – nem as vitrines das lojas de sapatos e roupas em promoção de 80% conseguem nos entreter e nos fazer abrir as carteiras. E quando isso acontece, a falta de identificação com algo complicado ou simples, ficamos mal humorados, chatos e repulsivos. Sim, chatos de galocha, daqueles que não queremos perto nem hoje e nem nunca, que não sorr

Minha forma de celebrar o 20 de julho...

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No decorrer de nossas vidas conhecemos muita gente. Gente legal, gente estranha, gente exótica, gente chata, gente mentirosa, gente chique, gente preguiçosa, gente engraçada, gente alta, gente magra, gente carinhosa, gente que fala errado, gente verdadeira, gente atrasada, gente que leva pimenta no bolso, gente que vê bonecos se mexerem sozinhos (!!!), gente gorda, gente torta, gente baixa, gente quieta, gente que só por Deus, gente animada, gente míope, gente divertida, gente convertida, ou seja, gente de tudo quanto é jeito. Adjetivos realmente não faltam quando o assunto é conhecer gente, desde o momento em que damos nosso primeiro suspiro e assim também será até o último. Contudo, o engraçado é que em poucos casos – pouquíssimos mesmo, os verdadeiros costumam ser  raríssimos – tem gente que deixa de ter um dos tantos adjetivos existentes e que distribuímos em julgamentos por aí e se transformam em um substantivo feminino ou masculino, só depende do gênero da “gente”. Neste m

Somente para as mulheres...

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Se você é homem já logo adianto e o aviso: não continue a ler este texto, pois escrevo hoje exclusivamente às mulheres e sobre algo que tenho certeza que já nasce conosco, que está no DNA feminino. Além do mais, é sobre um assunto que, quase sempre, é algo que não o interessa e realmente não quero que perca seu tempo. Agora, leitoras queridas (se houver mais que uma por aí), realmente se eu fosse vocês continuaria a ler este post até o fim, pois se o texto não lhe servir de nada e/ou se não for de seu agrado, prometo que, pelo menos, a dica de leitura será boa e proveitosa.  Muito bem, chéries , agora vamos lá, vamos falar sobre aquilo que nos deixam ouriçadas e que, tenho certeza, desperta nossa atenção sempre (em umas mais e em outras menos, mas sempre desperta). Falo hoje sobre uma palavra curta, composta por  duas sílabas - duas vogais com duas consoantes - e que parece sempre música boa aos nossos ouvidos:  moda. Sim, senhoras e senhoritas,  essa palavrinha mágica que mesmo se

A verdadeira cena romântica...

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Sei que o Dia dos Namorados é celebrado em 12 de junho. Também já sei que a data já passou e que não consigo fazer com que o romantismo seja uma característica pessoal. Sinceramente, nem ligo muito para este tipo de comemoração, mas não há como não ser envolvida indiretamente neste "climão" típico, que norteia as festividades comerciais e que paira sobre os coraçõezinhos que enfeitam as lojas por aí. Este "climão", aliás, tem feito com que ultimamente eu me lembre sempre de uma cena que, para esta pessoa que vos escreve, transparece o que realmente deveríamos celebrar no dia dos namorados: nada pode ser tão ruim assim quando temos a felicidade de compartilhar, lado a lado, momentos diversos com a pessoa amada. Nem que a pessoa que está ao seu lado no elevador tente matá-lo(a) - é isso mesmo - esta cena, que completa é bastante forte e dá até aflição, resume em gestos concretos o que o amor pode ser, em sua totalidade!    

Nossa trilha sonora de cada dia...

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Já percebeu que às vezes - no meu caso, todos os dias - vários momentos vividos na rotina diária ganham uma trilha sonora especial e pessoal, até não dividida por ficar somente no pensamento, com músicas que decidem tomar conta de nossas mentes do nascer ao por do sol ou até mesmo no decorrer na semana? Pode ser aquele maledeto "tchereretchetche", aquela canção da galinha magricela (sim, aquela mesmo que bota um, que bota dois e que bota três...) ou, ainda, aquela musiquinha gostosinha que toca na rádio e que você nem lembra a letra e nem sabe de qual banda é. Não importa, o ser humano tem esse incrível dom de assimilar a música com vivências e mesclar experiências com ritmos e letras, que casam exatamente com cada situação. E com base neste breve comentário, digo que hoje estou bem assim, igual a música da Mallu Magalhães. Confesso que não me simpatizo muito com ela, mas esta canção realmente me conquistou e até me inspirou na escolha do vermelho para a cor do meu batom hoj

Mulher mais clássica que isso não deve ser possível...

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Agora são exatamente 22h29. Na TV Globo acabou de começar aquela porcaria do Big Brother, no canal do Silvio Santos o rato faz a festa e na Bandeirantes o CQC mostra a escalada aos telespectadores, chamando à presença do Pânico. Contudo, a programação da televisão brasileira - graças a Deus - não é o motivo deste pequeno relato, caro leitor, até porque há muito tempo a deixei para lá. Peguei emprestado o computador da minha mãe, neste  horário no qual eu geralmente já estaria entregue às maravilhas do sono profundo,  porque não pude conter a satisfação de realmente desfrutar de um um momento único e que celebra a feminilidade escondida ou aflorada em cada uma das mulheres que habitam este mundão a fora.  E olha que não estou falando de ter comido um baita pedaço de chocolate ou uma bela trufa de maracujá na semana que antecede à famosa e temida TPM. Refiro-me, na realidade, ao melhor filme típico de mulherzinha que já vi. Juro que nunca pensei que poderia existir uma exemplific

O eterno orgulho da mãe...

Semaninha brava, conturbada e amarga a passada, daquelas que deveriam cair no esquecimento. Mas quando, caro(a) leitor(a), pensei que tudo o que estava ruim poderia piorar ainda mais, surgiu um motivo que ofuscaria todos os problemas daqueles dias anteriores e os transformariam em algo insignificante e do passado. Na verdade, foi apenas uma atitude somada a quatro pequenas palavras, separadas por uma vírgula, que transformaram a minha semana em algo que realmente valeu a pena. Deixe-me explicar melhor... Sexta-feira, após às 18 horas e fazendo mais uma hora extra depois de dias desastrosos. Estava na reinauguração de uma escola pública, cheia de adolescentes e a cerimônia estava quase concluída, quando um menino de uns 13 anos, ao receber uma medalha pelo excelente desempenho que teve em uma olimpíada de matemática de abrangência nacional, olhou para a mãe dele e disse ali, na frente de muitos adolescentes: "Mãe, eu te amo!", mostrando-se bastante emocionado e depois a abr

Oração para todos os dias do ano...

Peço licença para São Francisco de Assis para compartilhar aqui uma das mais bonitas orações existentes e que diz exatamente aquilo que deveríamos fazer não apenas neste tempo de festas, mas em todos os dias do ano. Logicamente não existe prece mais linda que o Pai-Nosso, mas se esta oração fosse seguida dia após dia o mundo, sem dúvida, seria um local muito melhor para se viver: Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.Onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver ofensa, que eu leve o perdão; onde houver discórdia, que eu leve a união; onde houver dúvida, que eu leve a fé; onde houver erro, que eu leve a verdade; onde houver desespero, que eu leve a esperança; onde houver tristeza, que eu leve a alegria; onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido,amar, que ser amado; pois é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se nasce para a vida eterna. Ao fim das

Quando o ruim está bom e o bom está ruim...

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O dia está lindo lá fora. O céu está claro, os pássaros cantam, as flores enchem os olhos e enquanto todo mundo está lá, contemplando e dizendo em voz alta as maravilhas de um dia realmente bonito, lá vem um "Dito" - ou uma "Dita" - e já começa a colocar defeito em tudo: eu acho que está muito quente, o céu está claro demais, porque na minha opinião eu já vi dias mais bonitos que este (...) bem que hoje poderia estar um pouco mais frio, porque eu penso que dias mais frios e escuros são mais legais... e por aí vai um longo discurso que, na maior parte das vezes, chega no limite da redundância e da chatice, daqueles feitos sem critérios e - o pior - que não tem fim. Com certeza você, leitor, conhece alguém com este perfil. Esta pessoa pode ser o seu vizinho, seu ex-marido ou namorado, seu ou sua colega de trabalho, sua namorada ou esposa durante a época da Tensão Pré-Menstrual - a famosa TPM - ou em todos os dias da vida dela, o pintor da sua obra,  a faxineira

Dispenso o cravo, só fico com a canela...

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Às meninas e mulheres quem levam em seu registro de identidade o mesmo nome que o meu nem é preciso explicar, pois esta situação é extremamente comum. Basta o simples fato de conhecer ou ser apresentada a uma nova pessoa que logo após os cumprimentos educados iniciais e a troca das “graças” lá vem a piadinha que nunca sairá de moda: “Gabriela, cravo e canela?”. Pois é, pode até parecer simpático à primeira vista. Contudo, imagine-se ouvindo este comentário espirituoso durante toda a sua infância e, ainda no ápice do período infanto-juvenil, descobrir que o bendito referenciava uma obra literária regionalista muito famosa de Jorge Amado, traduzida para aproximadamente 15 idiomas e que abordava – dizendo isso de maneira muito superficial e sem uma análise abrangentemente literária – o ciclo do cacau, com seus coronéis, prostitutas e todo tipo de 171. Até aí tudo bem vai, que exagero o meu. Entretanto, para incrementar um pouco, agora some o “Gabriela, cravo e canela” ao irônic

Que venha a sexta-feira!

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Quando a semana é corrida e você nem consegue falar um simples "olá" para você mesmo(a) no espelho, a chegada da sexta-feira é um motivo de extrema felicidade, mesmo que haja mais trabalho no sábado. Pode ser até um pouco psicológico ou herança dos tempos da escola, mas de qualquer forma sempre é bom festejar a chegada de uma aguardada sexta-feira, mesmo quando ainda é uma quinta-feira. E para comemorar este dia da semana tão feliz, que nunca hesita em nos animar, nada melhor que uma música com nome e cara de sexta-feira! Com vocês,  The Cure com Friday I'm in love : E se você achava que nada poderia ser melhor que uma sexta-feira, pode acreditar que essa música conseguiu tornar o impossível ainda melhor! Aproveite seu fim de semana! :)

O senhor da empatia...

Em alguns momentos chega até a ser engraçado a forma com a qual nos identificamos ou não imediatamente com as pessoas, sobretudo com determinados seres humanos que vemos todos os dias mesmo não os conhecendo de fato. Não sei se este tipo de experiência, de identificação imediata com o próximo, significa de alguma forma compreender o que o outro pensa e se sentir confortável com isso, mas a empatia realmente é um sentimento que pode mudar o rumo de nosso dia e, acreditem, torná-lo bem melhor.  Digo isso porque fiquei refletindo acerca disso hoje, de como chega a ser estranho a forma com a qual criamos uma simpatia por pessoas que não conhecemos, ainda que nenhum dos dois se expressem de modo explícito ou objetivo; às vezes apenas um simples oi ou um aceno - mesmo que com a sobrancelha - bastam. E justamente por causa deste gesto simples é que criei uma empatia sem tamanho por um senhorzinho, destes bem bem bem velhinhos, que vejo à tarde quando saio do meu trabalho.  Com uns 80 ou 90

A má educação é irmã da arrogância...

Nada justifica uma pessoa ser mal-educada ou insolente. Aliás, sou do tipo que não tem mais paciência para aguentar esta variação de ser humano, que faz da ignorância e da ironia sua personalidade ou as utilizam como uma máscara à presunção e à sabedoria descabida e inexistente. Ninguém tem a obrigação de aguentar estas coisas. Na realidade acredito que a má educação esconde algum tipo de defeito ou insegurança muito grave, justamente aquilo que deve ser omitido a qualquer custo e que denuncia a verdadeira personalidade egocêntrica do fulaninho . Ao invés da arrogância com o outro, não seria melhor olhar para seu próprio descontentamento pessoal? Nariz lá em cima nunca foi sinônimo de poder e inteligência, mas de falta de confiança em si mesmo. Vale ressaltar que ninguém é superior a ninguém e que, um dia ou outro, vamos acabar indo para o mesmo tipo buraco, não importa quem seja ou o que tenha. Atitudes medíocres de superioridade inexistente só perduram enquanto seus autores vivem

Melhor buscar um cappuccino...

Aula de teoria e correntes literárias. Às 9h17, sinto-me entediada, com sono e só consigo pensar num bendito cappuccino. Quando não o idealizo em minha boca, relembro de pessoas que me decepcionaram ou que me irritaram bastante. Acho até que estou sob a influência dos autores nórdicos de Madame de Staël, com suas melancolias e textos sombrios, ou meus pensamentos são apenas fruto do tédio? Que raciocínio chato e sem fim.  Enquanto escrevo este texto e tento fazer as anotações da aula, estes indivíduos ficam batendo em minha mente com um martelo; não gostam do esquecimento. Entre eles está aquela universitária, pela qual abdiquei uma vaga de estágio para que ela pudesse deixar aquele emprego que odiava e entrar na área. Ela nunca soube disso, mas um ano e meio depois fez da minha vida um inferno, espalhando boatos e falsas verdades; deveria ter dito algumas para ela, mas já foi. O pior é que ela me fez lembrar daquele menino que tornou-se de um dia para o outro naquilo que mais repud

Aquela casa...

Há uma casa muito bonita e antiga na rua pela qual agora passo todos os dias a pé. Localizada bem no centro da cidade, ela parece não se importar com o barulho e com a movimentação de tantos carros, motos, pessoas e buzinas o dia todo. Até me sinto idiota em ficar admirando algo tão inanimado quanto uma casa, mas fazia tempo que alguma coisa não me chamava tanto a atenção quanto aquela construção toda branca e, com certeza, bem mais velha que eu.  Não sei se são os gramados tão bem cuidados ou as dezenas de árvores enormes ou as muitas, muitas flores que enfeitam seu jardim. Também não sei se é por causa daquela varanda de mármore que transmite frescor à sombra, nestas tardes tão quentes deste verão, e que rodeiam ela toda. Pode até ser aquelas paredes brancas e um quintal tão longo que queria espiar lá no fundo, na qual há uma espécie de galpão conservado e que me deixa muito curiosa para ver aquilo que não posso. Isso sem contar o interior dela, que pode não ser tudo aquilo que

Um viva à caloria!

Este soneto é especialmente dedicado a nós, mulheres, que sempre teimamos com calorias e gorduras do saquinho de pipoca ou com um quilo a mais ou a menos: Soneto Torremista Não basta a ditadura que já dura e vem a ditadura antigordura! Saímos do regime militar, caímos no regime do regime. Censuram-nos até no paladar! Trabalho, horário, imposto, compromisso. Orgasmo não se tem como se quer. Só sobra o bom do garfo e da colher, e os nazis nariz metem até nisso. Maldita seja a mídia, sempre a dar espaço à medicina que reprime! Gestapo da "saúde" e "bem-estar"! Resista! Coma! Abaixo a ditadura! A luta tem um símbolo: FRITURA! Glauco Mattoso

Um pouco de MPB...

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Um jeito sofisticado de pronunciar palavras que não devem ser ditas em voz alta: