Descontraído...

Esse texto é bem simples, mas a intenção foi muito legal. A idéia inicial era escrever uma carta de despedida a um grande amigo de trabalho, mas não sabíamos como fazer. Como ele tinha muitas histórias engraçadas e tiradas rápidas, procurei saber entre as pessoas que trabalhavam conosco quais eram as melhores. A escolha foi bem difícil, mas selecionamos as mais marcantes.

Para que a carta tivesse tudo a ver com ele, que é muito bem-humorado, decidi que o melhor era fazer o texto como se ele tivesse escrito a nós. E deu certo. Todo mundo que trabalhava conosco gostou e ele ficou bem feliz com a homenagem.

Para quem não o conhece, talvez pareça um texto sem fundamento, mas para quem conviveu diariamente com ele, durante quase um ano, vai entender o que quis dizer.

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Prezadas,

Há quase um ano, quando mostrei todo meu expertise e know how (leia-se com sotaque à lá Gimenez), não imaginava tudo o que poderia acontecer. Mas sei que a partir daquele dia muita coisa mudou, para melhor.

As ensinei a terminar um namoro contando uma piada, a jogar um inocente amigo ao relento (com a calça arriada e com os braços amarrados no elevador) e a dormir à tarde na praia e acordar a noite com os papéis de sorvete grudados em você, em pleno Rio de Janeiro.

E não foi só isso: demonstrei que não é certo beber água suja da máquina de suco do refeitório logo pela manhã (Santa Cinthia), que não devo falar “Dri, terminei”, numa sala que têm muitas mães e a não questionar se o Leão é meu ou se é seu se, na realidade, é do zoológico.

Ah, sem falar de meus dotes musicais! Consigo identificar com apenas uma nota qualquer música do Roupa Nova mesmo depois de ter arrastado a Gi pela arena. Sei até cantar a música da Tetê com uma faixa do Cazuza! Tudo bem que não tenho culpa de não saber quem é Boss se vocês estavam falando da Pink, ué. Mas me dê uma palavra que lhe digo a música. Até componho!

E o que falar de vocês? Me ajudaram tanto!
Me disseram como responder um “oi, tudo bem?” para a Camata, a descobrir se uma menina está afim de você só pelo jeito dela mexer no cabelo (obrigado, Dri), a ver se uma mulher tem sutiã de bojo e a não emitir ruídos estranhos durante a paquera, mesmo que isso já tenha dado certo. Posso dizer que agora, definitivamente, me sinto preparado para conquistar a irmã da Natália Públio, pois esses papos já domino, além de saber tudo sobre menstruação, sapato, roupas, promoções (tenho até um útero)!

Bem, espero que nossa convivência não tenha sido estranha. Quando tiverem um pneu de carro para trocar me chamem, mas não caiam no tapetão.

Com carinho,
Silão.

PS: Depois de todo esse blá, blá, blá vou dizer a verdade: abrirei meu bar Reggae Night, vou comprar minha jibóia, vou fazer uma tatuagem de dragão com uma índia e vou levar, sim, a régua de 40 centímetros, afinal, não vou deixar minha afro-descendência aqui com vocês.

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