O eterno orgulho da mãe...

Semaninha brava, conturbada e amarga a passada, daquelas que deveriam cair no esquecimento. Mas quando, caro(a) leitor(a), pensei que tudo o que estava ruim poderia piorar ainda mais, surgiu um motivo que ofuscaria todos os problemas daqueles dias anteriores e os transformariam em algo insignificante e do passado. Na verdade, foi apenas uma atitude somada a quatro pequenas palavras, separadas por uma vírgula, que transformaram a minha semana em algo que realmente valeu a pena. Deixe-me explicar melhor...

Sexta-feira, após às 18 horas e fazendo mais uma hora extra depois de dias desastrosos. Estava na reinauguração de uma escola pública, cheia de adolescentes e a cerimônia estava quase concluída, quando um menino de uns 13 anos, ao receber uma medalha pelo excelente desempenho que teve em uma olimpíada de matemática de abrangência nacional, olhou para a mãe dele e disse ali, na frente de muitos adolescentes: "Mãe, eu te amo!", mostrando-se bastante emocionado e depois a abrançando fortemente.

Sim, este simples fato que deveria ser corriqueiro - mas não é, sobretudo nos dias de hoje, que a honra e respeito ao pai e à mãe estão perdidos em meio à má educação da nova geração - fez as lágrimas se manifestarem imediatamente, tomando conta deste ser vivo que aqui vos escreve e que responde pelo nome de Gabriela. A típica mulherzinha que existe em cada ser feminino, na semana que antecede à TPM, surgiu em menos de um milésimo de segundo em mim por meio da simplicidade e carinho do garoto, que não teve vergonha de esconder sua felicidade e compartilhá-la com uma das pessoas que mais ama neste mundo. A mãe dele, é óbvio, não escondia o orgulho de ver o filho ali prosperando!

Sabe, com esta humilde e real atitude aquele menino conseguiu transformar tudo o que havia acontecido de ruim comigo na semaninha brava e me fez crer que ainda há salvação neste mundo. Muitos adolescentes que estavam ali - posso dizer, porque ouvi muito bem os cochichos - falaram "Que mico", "Que otário" ou "Que babaca", para ser leve, mas mal sabiam eles que os verdadeiros idiotas estavam ali observando e julgando (ou até invejando) uma atitude idônea e que, aposto, NÃO teriam capacidade de fazer o mesmo. Como é triste a inversão do que é realmente legal e dos valores que não deveriam ser perdidos.

E aquele menino, que deixou a vergonha típica da faixa etária de lado e comportou-se como um homem deveria agir verdadeiramente todos os dias de sua vida, com respeito, dignidade e com amor ao próximo; salvou a minha semana e minha credibilidade no ser humano. Diante disso, só desejo o melhor para ele e que seja mesmo o eterno orgulho de sua mãe...  

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