Histórias para ninguém...

Nem me lembro mais quando foi a última vez que parei para escrever sobre algo que eu realmente tivesse vontade. Sério, parei para pensar e eu não me lembrei mesmo. 

Depois de muito esforço para recordar, parei e imediatamente comecei a escrever, pois esse raciocínio é preocupante. É ainda pior quando você trabalha o dia todo redigindo para muitas pessoas diferentes (muitas mesmo), em diferentes meios de comunicação.

Você manda até sinal de fumaça se precisar passar uma informação ao seu leitor, mas quando você é incapaz de se lembrar porque faz tanto tempo que não escreve mais para você, aí dá um aperto no peito. Até lhe faz debater internamente quando foi que deixou de ser quem é de verdade. 

Escrever por mim, para mim, tornam as histórias boas o suficiente para eu ter a liberdade de escrevê-las para você, para ele, para ela, para todos os que queiram ler. Se o jornalista não escreve para ele, ele é incapaz de escrever para alguém. 

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