Um simples aceno à realidade…
Era sábado de manhã e o meu marido tinha ido correr. Estávamos com o tempo apertado para uns compromissos a partir das 12 horas e eu ainda tinha que ir até o meu serviço, porque queria ter a certeza que o Pingo, o gato de rua que está morando lá há algum tempo, tinha comida suficiente para passar bem o fim de semana. No caminho da minha casa ao meu trabalho eu tenho que, obrigatoriamente, cruzar a linha férrea. E enquanto aguardava o recém-inaugurado trem de passageiros passar com seus vários vagões históricos e escutando os sinos da cancela, fiquei lá só vendo as pessoas sacudindo suas mãos, fazendo tchau com a expressão de felizes da vida por estarem se divertindo. Entre crianças que você percebia que faziam aquilo pela primeira vez, pessoas tirando selfies e senhorinhas e senhorzinhos relembrando uma época áurea de suas vidas, lá estava eu dentro do carro e inerte aos abanos de mão. Aliás, eu e as pessoas nos carros ao meu redor, que mais queriam passar um por cima do outro que qua