Sorrindo à la Amélie Poulain...
Dona Monalisa que me perdoe, mas
se há um sorriso muito mais enigmático e que reflete sua percepção ou
sentimento em qualquer tipo de situação, qualquer tipo mesmo, este só pode ser
o de Amélie Poulain. Você pode até não conhecê-la ou não ter ideia de quem
possa ser esta nobre criatura – a Mona é bem mais popular, convenhamos -, mas
nem por isso precisa ir correndo ao Google e bater o dedinho do pé no batente
da porta pela pressa-curiosa para saber ou ver quem é esta tal fulaninha e como
é seu sorriso, pois a resposta está mais próxima do que se pode imaginar. Dúvida?
Vamos lá!
Pense num momento em que ficou
com uma vergonha alheia tão absurda e que precisava disfarçar seu desconforto ou
então numa situação em que você está ouvindo tanta besteira daquele chato de
galocha que nem pode responder, para não se prejudicar ou prejudicar outras
pessoas. Se ficar difícil imaginar isso, então recorde aquele dia em que o céu
estava lindo e você ficou feliz ou abriu
a geladeira, comeu com fúria o último doce maravilhoso que estava lá e, ainda
lambendo seus lábios, alguém chega e pergunta: aonde está o doce que tinha
deixado separado aqui? E você, descaradamente, diz: não sei, que doce era? Também
vale aquele dia no qual você ligou o rádio e lá estava sua música predileta tocando ou quando você
ouviu uma frase super engraçada na conversa acalorada na mesa ao lado
e não pôde rir por estar num almoço sério de negócios.
Pois bem, não importa a situação.
Quando realmente não podemos manifestar os sentimentos da forma que
desejamos ou quando estamos bastante desconfortáveis, envergonhados e não
podemos transparecer lá surge ele, ao lado direito ou esquerdo ou nos dois
cantos da boca, o bendito sorriso da Amélie. Eu disse que não precisaria pesquisar
no Google para entender o sorriso da moça, pois ele transparece em todos nós como
uma manifestação misteriosa que quer se mostrar e se esconder ao mesmo tempo,
como uma expressão em que nossos lábios ficam sem controle e se distendem
ligeiramente, aquela coisa sem graça ou com graça.
Seja branco ou amarelo, frouxo ou largo, com
aparelho ou sem: sempre há momentos e motivos para sorrimos à la Amélie Poulain (até rimou!). E o melhor é que nem precisamos ser a Audrey Tautou para fazer isso...
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