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Mostrando postagens de dezembro, 2024

Na palma da mão...

Ontem fui surpreendida. Em meio a comes e bebes, numa confraternização bastante animada, aquele senhor olhou para mim e me fez uma pergunta tão direta e reta que me deixou sem resposta imediata. Mas não foi a pergunta em si que me deixou sem palavras. O que fez isso foi todo o enredo que se desenrolou. E se tem algo que jornalista ama são belas ou curiosas tramas.  Logo após a pergunta, ele delicadamente pegou a minha mão direita e a virou com a palma para cima. Brinquei se era cigano (sim, sou daquelas que tentam fazer piada para esconder o desconforto) e ele, sorrindo, ignorou totalmente meu questionamento. Apesar de não acreditar nessas coisas de clarividência e ficar bem pistola com a ignorada à minha piada de desconforto, a forma com a qual ele me olhou e sorriu em seguida me deixou com medo (confesso).  Só fiquei aguardando o que viria e ele foi logo disparando várias afirmativas enigmáticas, que me deixaram com cara de ponto de interrogação. Pediu para não me assustar, ...

O sujeito a compartilhar...

Compartilhar é uma das coisas mais gostosas e importantes da vida. Não é só um verbo bitransitivo à toa ou que aceita qualquer tipo de sujeito. Não, nada disso. Compartilhar é permitir que alguém possa fazer parte do seu mundo e você do dele, não havendo absolutamente nada mais íntimo que isto (pelo menos para mim).  Compartilhar é algo grandioso por exigir a audácia de dividir o que você realmente é com alguém. E é justamente por esse motivo que essa partilha não pode se dar com qualquer sujeito, mas vou lhe explicar o porquê. O sujeito ordinário, por exemplo, é tão egocêntrico que só tem ele mesmo a te oferecer. Já o oculto é um covarde, por não ser explícito o suficiente para se fazer presente e - sempre! - dependerá de um predicado para ser notado. Definitivamente, esses não são os tipos de sujeito a compartilhar. Pior que eles só o inexistente, que sendo tão impessoal não merece fazer parte de nada.  Mas, caro leitor, devo-lhe sinceridade em alertar quanto ao sujeito que ...