O que enxergo em você…

É fascinante como percebemos o mundo de formas tão distintas. O que é belo para um pode ser insignificante para outro, e vice-versa. Mas há um tipo de visão que transcende essas diferenças, uma que é própria de cada alma: a capacidade de enxergar a essência verdadeira do outro. É aí que reside a verdadeira beleza das coisas.

Essa visão é rara, quase mágica, mas quando acontece, é transformadora. É como um vício sutil, que nos deixa vulneráveis, mas de uma vulnerabilidade que acolhemos com prazer. Pode parecer fraqueza (e que seja!), mas quando ocorre, nada permanece como antes. Ideias ganham vida, sensações se tornam novas aventuras, e a alegria se manifesta, pura e intensa, nunca fugaz. 

Enxergar o melhor de outra alma é ter o prazer da companhia genuína, o desejo mútuo de se querer bem com o que se é, não com o que se tem. É se dar bem, não desejar mal a quase ninguém, e ir à luta conhecendo a dor, mas sem jamais se render a ela. É algo tão belo quanto indizível, pois há um tipo de conexão que é tão profunda e única que escapa às limitações da linguagem. É algo sentido e vivido, que ilumina e radia a vida, pois enxerga que é tolice vivê-lá sem aventura, sem deixar de ser pelo coração…

Enxergar o melhor de outra alma é descobrir que, ao lado dela, você se torna a melhor versão de si mesmo. É como ser um escultor, um verdadeiro Michelangelo, que vê a beleza oculta na pedra bruta e, com coragem e cuidado, a lapida para revelá-la ao mundo. Essa visão não apenas reconhece o que já está lá, mas o transforma em algo ainda mais grandioso.

Enxergar o melhor de outra alma é profundamente saudável. É incentivar, apoiar, ser um porto seguro. É oferecer aquele olhar sincero, radiante e puro, que acredita no potencial do outro e o ajuda a moldar suas qualidades e talentos. É aquela visão que não prende, não limita, não humilha, não controla. É, acima de tudo, reconhecer o outro em sua melhor forma, de maneira sutil, generosa e deliciosa! 


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