Eu sou dessas...
Não sei se você é desse tipo de pessoa: se manda uma mensagem de áudio no WhatsApp, você se escuta para ver como ficou. Sim, eu sou dessas, e reconheço que esse hábito já me salvou de alguns contratempos. Mas, se não bastasse ouvir meu próprio áudio, tenho outro péssimo hábito agregado, pois também pego de tempos em tempos, sem querer, para reler as coisas que escrevi há alguns anos.
Quando faço essa ‘releitura’ de mim mesma por vezes me surpreendo, algumas negativamente e outras positivamente. Às vezes não acredito que escrevi algo tão pobre ou tolo, ficando envergonhada; e, em outras, custo a reconhecer que mandei realmente bem.
E hoje foi um desses dias. Enquanto meu marido está aqui estudando, lembrei desse espacinho aqui só meu e resolvi dar aquela velha nova espiada. Aí vem aquele sentimento mesclado de vergonha e orgulho, parágrafo a parágrafo, que sempre toma conta do meu pensamento. Lembranças ruins e boas me levam sempre a relembrar porque parei um tempinho da minha vida para escrever naquele dia, sobre aquela situação (até porque não tenho um público para isso, e nem é minha intenção em ter).
Mas o que é mais engraçado é que quando se faz isso você percebe o quanto sua percepção muda realmente com o passar do tempo. Você se lembra que da última vez que leu e não tinha mais gostado do que estava escrito, ficando surpresa que agora voltou a concordar e vice-versa. É algo estranho de se fazer, mas realmente é um passatempo que faço questão de ter de épocas em épocas. Não tem jeito, eu sou dessas...
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