Corajosa, eu?

Sempre pensei na coragem como algo grandioso, tipo um herói enfrentando dragões ou cruzando abismos. Mas, aos 40 anos, vi que ela está nos silêncios que a gente quebra, nas palavras que tremem e nos passos pequenos que damos, mesmo com o coração batendo de medo.

Este ano, olhei para trás e revisitei uma lista que fiz no último dezembro, cheia de sonhos que pareciam frágeis. Ao reler, percebi que enfrentei tempestades que quase me derrubaram e saí da plateia para o palco, dando voz a ideias que antes só viviam na minha cabeça.

Num momento especial, conversando com um certo alguém, ele me olhou nos olhos e disse: “Você é muito corajosa!”. Coragem? Eu? Sim, eu! E me peguei pensando que tenho tido coragem de viver, de ser eu mesma, mesmo quando os meus pilares desmoronaram. Aliás, lá estavam várias pessoas que me sustentaram, com gestos, palavras e presença, me ajudando a me reerguer.

Foi como se 2025, com todo o seu caos, tivesse sido só o vento que soprou minhas asas, me ensinando a sair do casulo para voar. Descobri em mim uma mulher diferente, com uma coragem que eu nem sabia que carregava. Sigo me reconhecendo, recuperando até uma “eu” do passado, mas dessa vez mais firme e guiada pela certeza de que estou mais forte do que jamais imaginei…

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