A letra diz tudo. Lembrou-me o poema do Brecht 'O ignorante político'. Vivemos tempos em que o pacato e o ignorante predominam como estereótipos nas massas. Como o ideal a ser alcançado.
É inegável o poder que as palavras podem ter, o que podem causar na gente e significar em nossas vidas. Quando ditas na entonação e na circunstância certas, então, são muito mais explícitas que a soma de várias frases conexas ou do que a própria realidade. Se a afirmativa acima lhe parece pretensiosa, caro leitor, não vou lhe pedir desculpas. Realmente acredito que a combinação de simples letras, numa única significação, podem expressar tantas coisas que dariam inveja em qualquer verso. Nem um poema ou canção - que combinam tantas delas - parecem ter graça alguma diante daquela palavra. E, pelo menos para mim, você tem tido esse grande significado. Um pronome pessoal com apenas quatro letras ótimas de se falar ou se ouvir, sobretudo quando acompanhadas de um sorriso ou seguida de um suspiro. A depender do ponto de vista - ou do que se olha ou de quem diz - você pode englobar tantos sentimentos, sensações e vivências que não consigo nem pensar ou imaginar outras palavra...
Compartilhar é uma das coisas mais gostosas e importantes da vida. Não é só um verbo bitransitivo à toa ou que aceita qualquer tipo de sujeito. Não, nada disso. Compartilhar é permitir que alguém possa fazer parte do seu mundo e você do dele, não havendo absolutamente nada mais íntimo que isto (pelo menos para mim). Compartilhar é algo grandioso por exigir a audácia de dividir o que você realmente é com alguém. E é justamente por esse motivo que essa partilha não pode se dar com qualquer sujeito, mas vou lhe explicar o porquê. O sujeito ordinário, por exemplo, é tão egocêntrico que só tem ele mesmo a te oferecer. Já o oculto é um covarde, por não ser explícito o suficiente para se fazer presente e - sempre! - dependerá de um predicado para ser notado. Definitivamente, esses não são os tipos de sujeito a compartilhar. Pior que eles só o inexistente, que sendo tão impessoal não merece fazer parte de nada. Mas, caro leitor, devo-lhe sinceridade em alertar quanto ao sujeito que ...
Trabalhando com relações humanas - e sentindo muita, muita falta dela no trato do dia a dia - fui procurar no dicionário o significado da palavra “obrigado”. Juro que fui pesquisar com um pensamento tão positivo que ao consultar sua real definição fiquei bem decepcionada. E por que fiz a carinha à lá WhatsApp? Porque nem o “pai dos burros” dá um crédito positivo ao iniciar a definição desta palavrinha, que está tão sumida ultimamente. Logo sai disparando que é algo que se obrigou, imposto por lei, imposto pela arte, uso ou convenção; necessário e forçado. Não sei se você vai concordar, mas a definição inicial do tal Aurélio – do famoso “obrigado” – confronta diretamente o que nossas mães, pais, tios e avós nos ensinaram há bastante tempo. Quando nem sabíamos falar direito, já entendíamos perfeitamente que o “obrigado” era algo positivo, até precioso e que ia além de um sinônimo de boa educação diante às relações diárias, no trato com o próximo. Não era imposto, apenas refle...
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Vivemos tempos em que o pacato e o ignorante predominam como estereótipos nas massas. Como o ideal a ser alcançado.