Quando não se para de pensar…

Juro que queria escrever um texto bem específico hoje. Talvez pela complexidade do tema fiquei concatenado em como começá-lo e nada. Pensei, pensei e pensei várias vezes e a inspiração não chegou. Tentei, tentei e tentei, sem êxito. 

Vencida pela falta de concentração, fui até a cozinha e fiz algo que não realizava há muito tempo: abri uma garrafa de vinho, despejei um bom volume na minha taça favorita e peguei minhas queridas batatinhas. Subi as escadas, abri no celular a minha playlist #4 (minha versão ‘sofrência’) e cá estou no meu refúgio particular: a sacada bem no fundo do meu quarto, onde tenho enfrentado meus pensamentos e reorganizado minha mente. 

É da sacada do meu quarto que tento fugir do mundo que estou para tentar me encontrar no qual gostaria de (e que vou) estar. É que olhar para o céu ao cair do dia, aqui desta sacada, só vendo a noite chegar e se estabelecer, é algo mágico e curativo para mim. É, atualmente, minha tentativa de aplacar, dominar ou amenizar sentimentos e pensamentos que dominam a minha mente. É um dos locais de fuga particular. 

Nem sempre tenho sorte de encontrar respostas, mas a tentativa sempre é válida. E o pensamento vai longe. Hoje foi até minha vontade de conhecer Tenerife, La Palma e Fuerteventura, na Espanha, onde dizem que observar o céu é fantástico. Mas também vai até minha vontade de conhecer tantos locais que só sei de nome (por enquanto). 

Ficar olhando para o céu, ainda mais em noites de verão, é um carinho para meu coração. E hoje, em especial, é um olhar que tenta me acalmar com o que não está a meu alcance e que domina a maior parte do meu pensamento. Admirar o céu é sempre minha tentativa de suavizar algum furacão que me desestabiliza, tal como o que estou vivendo há algum tempo. 

Sentada aqui, observando o céu enquanto organizo estas palavras, tento controlar o que me faz pensar tanto, já que não posso estar onde quero. Cantarolando ‘Birds of a feather’, brindo sozinha com a brisa que bate de forma deliciosa e sem parar no meu rosto. Também brindo com as estrelas que tento descobrir de quais constelações fazem parte. Brindo com a saudade, com a vontade, com o desejo e com a esperança que dias memoráveis - com novas e excelentes histórias! - virão. E brindo também com esse céu lindo, que querendo ou não me ajudou a chegar com este texto até aqui…


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