Amor, antigo amor…

Crônicas sempre fizeram parte da minha vida, pelo menos da adulta. Descobri esse meu gosto por esse lindo gênero literário ainda antes de saber o que era isso. E de paixão virou um grande amor, tão grande que foi até tema à minha formação em estudos literários, anos depois. 

Só poderia amar um gênero tão autêntico e tipicamente brasileiro. Nenhum outro país consegue transformar em literatura o que acontece no dia a dia. São textos mais curtos que podemos levar como inspiração a uma vida. Não tem forma melhor de refletir sobre o ordinário. 

E se tem alguém que sabia escrevê-los de forma admirável, era Rubem Braga. Aliás, ele e Clarice disputam, no meu coração, um espaço que é só deles. Seus textos falam comigo de uma forma tão intimista que eu só poderia amá-los. A descrição do que faziam do que é diário e rotineiro me levam a estar junto com eles a cada frase lida. Às vezes é devassador à alma, mas outras transformador. 

Clarice sempre está comigo quando preciso entender melhor meus sentimentos. Ela fala comigo de tal forma, que seus textos parecem cartas escritas a mim num passado muito distante. Que pretensão a minha, mas me sinto assim. Se tivesse uma filha, daria seu nome a ela! 

Já Braga me faz amar o que é simples e normal. A simplicidade do que narra é aquilo que enxergamos, você e eu, no decorrer de uma vida inteira. A diferença é que não colocamos tudo isso no papel. Como eu amo ler crônicas! 

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