Bem ou não, que esteja sambalelê!
Dizem que Sambalelê realmente não tem lá muita sorte. Mesmo doente e com a cabeça quebrada todo mundo quer lhe dar uns tapinhas, só por diversão. Talvez isto explique porque eu odiava tanto esta canção infantil; pensava que se não a cantasse poderia deixar o coitado em paz para se recuperar, tranqüilo em sua casa. Lembrando com vergonha disso muitos anos depois e bem mais crescidinha (deixando a altura de lado), hoje vejo ‘sambalelê’ de uma maneira bem diferente... “Já sei, lá vai ela escrever algo chato ou romântico sobre o tal de Sambalelê!” , podem dizer os que leram o primeiro parágrafo, mas não é bem assim. Nunca tive uma paixão arrebatadora pelo tal da cabeça quebrada e não gosto de romantismo, o Rafael sabe muito bem. Apenas comecei a escrever isto por ter uma relação amistosa com a palavra ‘sambalelê’, que considero muito interessante. Não sei se a culpada desta minha opinião foi a Ruth Rocha, que tem uma coleção de clássicos que leva este nome, ou se é porque 'sambalelê...