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É, você…

É inegável o poder que as palavras podem ter, o que podem causar na gente e significar em nossas vidas. Quando ditas na entonação e na circunstância certas, então, são muito mais explícitas que a soma de várias frases conexas ou do que a própria realidade.  Se a afirmativa acima lhe parece pretensiosa, caro leitor, não vou lhe pedir desculpas. Realmente acredito que a combinação de simples letras, numa única significação, podem expressar tantas coisas que dariam inveja em qualquer verso. Nem um poema ou canção - que combinam tantas delas - parecem ter graça alguma diante daquela palavra.  E, pelo menos para mim, você tem tido esse grande significado. Um pronome pessoal com apenas quatro letras ótimas de se falar ou se ouvir, sobretudo quando acompanhadas de um sorriso ou seguida de um suspiro.  A depender do ponto de vista - ou do que se olha ou de quem diz - você pode englobar tantos sentimentos, sensações e vivências que não consigo nem pensar ou imaginar outras palavra...

Na palma da mão...

Ontem fui surpreendida. Em meio a comes e bebes, numa confraternização bastante animada, aquele senhor olhou para mim e me fez uma pergunta tão direta e reta que me deixou sem resposta imediata. Mas não foi a pergunta em si que me deixou sem palavras. O que fez isso foi todo o enredo que se desenrolou. E se tem algo que jornalista ama são belas ou curiosas tramas.  Logo após a pergunta, ele delicadamente pegou a minha mão direita e a virou com a palma para cima. Brinquei se era cigano (sim, sou daquelas que tentam fazer piada para esconder o desconforto) e ele, sorrindo, ignorou totalmente meu questionamento. Apesar de não acreditar nessas coisas de clarividência e ficar bem pistola com a ignorada à minha piada de desconforto, a forma com a qual ele me olhou e sorriu em seguida me deixou com medo (confesso).  Só fiquei aguardando o que viria e ele foi logo disparando várias afirmativas enigmáticas, que me deixaram com cara de ponto de interrogação. Pediu para não me assustar, ...

O sujeito a compartilhar...

Compartilhar é uma das coisas mais gostosas e importantes da vida. Não é só um verbo bitransitivo à toa ou que aceita qualquer tipo de sujeito. Não, nada disso. Compartilhar é permitir que alguém possa fazer parte do seu mundo e você do dele, não havendo absolutamente nada mais íntimo que isto (pelo menos para mim).  Compartilhar é algo grandioso por exigir a audácia de dividir o que você realmente é com alguém. E é justamente por esse motivo que essa partilha não pode se dar com qualquer sujeito, mas vou lhe explicar o porquê. O sujeito ordinário, por exemplo, é tão egocêntrico que só tem ele mesmo a te oferecer. Já o oculto é um covarde, por não ser explícito o suficiente para se fazer presente e - sempre! - dependerá de um predicado para ser notado. Definitivamente, esses não são os tipos de sujeito a compartilhar. Pior que eles só o inexistente, que sendo tão impessoal não merece fazer parte de nada.  Mas, caro leitor, devo-lhe sinceridade em alertar quanto ao sujeito que ...

A caixa de Pandora...

Vim participar de um curso, aqui em São Paulo, para buscar novidades. Mas, na realidade, o que realmente percebi estar buscando foi a mudança. E não uma simples. Seria mais uma transformação de mim mesma, para que possa ser integralmente quem sou e não o que pensam.  Aqui sentada numa confortável poltrona, rodeada de dezenas de pessoas, percebo que vim para tentar saber porquê parece que abri uma caixa de Pandora na minha alma. E a principal parte disso é superar o meu medo de estar sozinha e, assim, reconectar-me com quem sou. Ainda não deu tempo, mas percebo que já é um começo, pois me permitiu olhar para males que me chicoteiam há tempos, com a expectativa que (grande parte de) minha vida não continuará a ser da mesma forma que estava. Afinal, não posso ignorar minhas vivências e anseios, deixando por mais tempo a esperança ou as expectativas dentro de uma caixa. De forma alguma continuarei a fazer isso, pois as quero fora e reluzentes.   Mas para ser integralmente quem sou...

Tarefa impossível...

Pediram-me para escrever esse texto dando um conselho para alguém querido. E juro que gostaria muito de cumprir esta nobre tarefa, tal como me fora requerido. Contudo, reconhecendo meu real tamanho e meu lugar neste imenso mundão, sinto-me incapacitada pelo simples fato de ser um ser humano tão errante quanto você deve ser. É, caro leitor, o que eu teria capacidade de ensinar? Ou o que eu poderia dizer (escrever neste caso), para te ajudar? Realmente não faço a mínima ideia porque eu mesma estou passando pela maior transformação de minha vida.   Mas posso compartilhar contigo que, acaso ou fatalidade, qualquer tipo de ação exige atitude que seja firme diante qualquer situação. Seja para escolher o pó de café no mercado ou na iminência de algo que possa transformar a sua vida. São valores que norteiam as escolhas, e escolhas exigem posicionamento. E é justamente isso que não tenho assertivamente neste momento.  Em meio à minha indecisão e insegurança, e na tarefa de escrev...

Controle de nada…

Bem que gostaríamos, mas a gente não consegue controlar nada em nossa vida. Por mais que queiramos ou pensamos que podemos, esse é um enorme erro.  As coisas são do jeito que devem ser porque são reflexo de múltiplas escolhas tomadas ao mesmo tempo, por inúmeras pessoas, que refletem diretamente em cada passo que damos, você e eu, todos os dias.  Essa falsa ilusão de controle, de que podemos determinar a forma que queremos que algo seja, faz-nos acreditar que o acaso é mera coincidência, mas ele não é.  A aleatoriedade é uma fatalidade, não importa o que  desejamos. As somatória das escolhas é que regulam tudo. 

Aquela história que será para você…

Há muitas histórias que merecem ser escritas, mas não são todos os leitores que as merecem ler. Talvez seja por isso que estou tão receosa em começar a escrever uma, em específico, que me faz pensar nela dia, tarde e noite, e que já sei os detalhes de cor.   A narrativa, contudo, está em plena elaboração. Os protagonistas ainda estão descobrindo com intensidade seus reais papéis dentro do enredo como um todo. Seus antagonistas também já existem, para causar a tensão que lhes é esperada. Além disso, outros personagens, lados e vertentes têm tomado forma, mas tudo continua em construção.   São muitos contextos, conflitos e sentimentos profundos a analisar e organizar. Também há muitas decisões importantes a tomar e que - certamente! - vão mudar todo o fim da história. Ainda não sei se a conclusão será feliz ou triste, pois isso vai depender do enredo e das decisões a serem tomadas pelos protagonistas. Sinceramente, espero que sejam as melhores e positivas.  E também almejo...