Fora do peito...

A saudade é uma coisa engraçada. Em alguns momentos ela parece nos confortar, mas em outros parece nos sufocar. Não sei se é amiga ou inimiga. A única certeza que tenho é de sua natureza dúbia, que sempre me confronta. Nos pensamentos algumas vezes ganho, e em outras não. Mas há tanto tempo penso em escrever sobre ela! Só reflito e fico prostrada, mas hoje tive coragem. É que bateu uma saudade boa, daquelas que a gente sente até o cheiro, e que, se eu não colocasse em palavras para fora do peito, acho que explodiria. Hoje não perco!

Ela é esperta, sabe do que se alimenta. E, quando a vivência é boa, ela judia e irradia, clamando por atenção. Bate, vem forte e não traz consigo aquele momento, a ingrata. Ela te faz lembrar de tudo: do cheiro, da voz, da paisagem, da miragem, o que seja. Parece fome, daquelas urgentes, que só se sacia quando desfrutamos com calma e fartura. Só sei que queria curá-la com um suspiro ou com um soneto. Sei lá! Queria essa saudade fora do meu peito...

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