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Infância (des)controlada

Juca jogava bola todos os dias. Corria para lá e para cá com a pelota debaixo do braço chamando os vizinhos para participar. Sempre brincava de esconde-esconde e toda vez queria ser o último a correr ao pique e gritar ‘Salvo o mundo’, para que todos os que haviam sido pego antes voltassem à brincadeira. Não gostava nada nada de brincar de ‘rei da rua’, pois achava muito mais divertida a idéia de salvar o mundo. Os anos passaram, a bola e o esconde-esconde ficaram para trás. As mulheres passaram a ser mais interessantes e o estudo virou prioridade. Juca começou a trabalhar e formou-se em engenharia. De fato, queria construir algo melhor, mas os projetos eram bem mais limitados a prédios e construções públicas. Nada mais de salvar o mundo. Havia crescido. Casou-se aos 30 anos e após dois anos Matheus nasceu. Muito dedicado, sempre quis estar presente na vida do filho - também seria uma ótima oportunidade para recuperar todas aquelas brincadeiras de criança. Mas as coisas mudaram bastante

More than high society beautiful people

Sentada em uma mesa luxuosa, rodeada de pessoas, algumas conhecidas, não me sinto à vontade. A primeira coisa que vêm à cabeça é de que deste mundo não faço parte e me fizeram ser, em momentos, parte dele. Absurdo, mas nem tanto assim. Várias pessoas gostariam de estar em meu lugar agora e, para surpresa alheia, eu simplesmente não gostaria. Não vejo graça em vestidos que mais parecem lustres, em sapatos bem mais caros que um mês de trabalho para muitas famílias e em roupas que ficariam melhores se não fossem combinadas. São mulheres de ‘garbo e elegância’ produzidas para mulheres, homens que só as observam e que, no fundo, estão loucos para ir embora e trocar seu traje de gala por uma bermuda. Não vou dizer que não gosto de sair bem-vestida, mas a combinação de frescura com luxúria me parece perigosa, melhor acreditar que para estar bem arrumada é preciso ter senso. Situações simples e conversas divertidas/sinceras certamente têm mais glamour, afinal prestariam mais atenção em você do

Pensamentos e besteiras...

Adoro ter momentos comigo mesma. Depois de tanto trabalho e correria da faculdade julgo merecer um pouco essa parte do meu dia, afinal não é fácil estar a maior parte do seu tempo fora de casa, longe dos familiares e de tudo aquilo que é seu. Contudo, penso em como poderia ser se eu não tivesse feito nada do que fiz. Acho que a reta final, quase graduada, me faz pensar no que eu desejava quando entrei na faculdade e como me vejo agora. Muitas são as diferenças. Se eu começasse a listá-las não teria tempo e espaço para descrever. Há pouco tempo nem poderia pensar do que eu seria capaz de fazer, produzir, imaginar e realizar – superei meus medos. Mas o que eu posso dizer com toda a certeza do mundo é que nunca deixei de tentar, isso mesmo: tentar ser melhor a cada dia! Dizem que as pessoas quando nascem carregam consigo as características de um signo e, mesmo não acreditando nessas besteiras de previsões futuristas, posso dizer que sou uma típica sagitariana. A palavra de ordem eu obedeç