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Aquilo que não tiram de você...

Nunca pensei que gente descontrolada existisse, mas elas realmente habitam este mundo. E quando dizem que remédio para um doido é um doido e meio, eu até acredito e concordo, mas não sou da mesma laia e nunca serei, porque se tem algo que não faço é bater palma para maluco dançar.  Não ser da mesma laia de doido, aliás, é algo tão bom . É  da personalidade, tão individual e tão identitário, que ninguém tira de você. É reflexo direto do que você viveu, da educação que recebeu, das experiências de vida e do ambiente que preza permanecer e estar. É a forma como você olha e trata as outras pessoas, sem ódio e evitando o máximo de julgamentos, porque sabe que cada ser é único e tem seu jeito, suas fases, qualidades e defeitos. É  reconhecer que você tem paz, não trazendo para si ou sua vida adjetivos que possam querer lhe dar, porque você sabe quem realmente é, o que sente e consegue se relacionar de forma saudável com outras pessoas.   Quem não tem paz interior não ...

A (falsa) liberdade…

Estava ouvindo um podcast agora a pouco enquanto tomava banho e eis que o entrevistado disse, no meio de uma fala sobre a primeira guerra mundial, que todo adulto sabe quando está sendo escravizado. Sinceramente essa afirmativa ficou repercutindo na minha cabeça. Será que sabe mesmo?   Não, caro leitor, não sabe. A maior parte dos adultos - incluindo você e eu - não sabe o quão é cativo e dominado por situações e (sobretudo) por pessoas. Somos tão escravizados por essa falsa liberdade que só percebemos quando nos encontramos fora da caixinha. Acredite, nem neste texto mesmo essa pobre escritora tem liberdade para escrever e manifestar tudo o que pensa de verdade. Por ter um CPF, apenas posso jogar fragmentos de percepções minimamente aceitas num contexto socialmente admissível. O buraco é bem mais embaixo.  Talvez por isso é que fiquei pensando nisso repetidamente. Por que, afinal, nos submetemos a sermos vassalos de tantas coisas que não nos permitem a sermos nós mesmos e f...

Aos meus olhos…

Já percebeu que há pessoas que sorriem com os olhos? Juro que admiro essa alta capacidade daqueles que conseguem transmitir, apenas com o olhar, o maior e mais bonito sorriso existente . Confesso que, para mim, isso é algo que mistura paz, sinceridade e serenidade, capaz de te transportar para longe de tudo o que lhe causa mal.   Por isso, caro leitor, acredito que talvez essa ótima habilidade seja só inerente às pessoas que são naturalmente boas. Sinceramente, não conheço uma ruim que consiga fazer isso. E faço essa afirmativa porque é algo que observo há tempos, pois se trata de uma caraterística raríssima e que realmente valorizo, pois me chama a atenção desde sempre. É sim um diferencial de pessoas que são especiais aos olhos de quem vê; uma qualidade que ultrapassa elogios.  Sorrir com os olhos é algo encantador e que fascina quem observa. Poderia ficar horas e horas descrevendo tamanha paz e sensação boa que esse tipo de olhar transmite. É algo para se perder e se encon...

Quando não se para de pensar…

Juro  que queria escrever um texto bem específico hoje. Talvez pela complexidade do tema fiquei concatenado  em como começá-lo e nada. Pensei, pensei e pensei várias vezes e a inspiração não chegou.  Tentei, tentei e tentei, sem êxito.  Vencida pela falta de concentração, fui até a cozinha e fiz algo que não realizava há muito tempo: abri uma garrafa de vinho, despejei um bom volume na minha taça favorita e peguei minhas queridas batatinhas. Subi as escadas, abri no celular a minha playlist #4  (minha versão ‘sofrência’) e cá estou no meu refúgio particular: a sacada bem no fundo do meu quarto, onde tenho enfrentado meus pensamentos e reorganizado minha mente.  É da sacada do meu quarto que tento fugir do mundo que estou para tentar me encontrar no qual gostaria de (e que vou) estar. É que olhar para o céu ao cair do dia, aqui desta sacada, só vendo a noite chegar e se estabelecer, é algo mágico e curativo para mim. É, atualmente, minha tentativa de aplacar...

Reset coletivo…

Muitas são as promessas que marcam o início de um novo ano. Aliás, que privilégio, que graça de Deus, termos essa espécie de reset coletivo, que nos permite refletir e pensar melhor sobre aquilo que queremos para aquela ‘nova’ etapa que se inicia. Mais que a mudança de ano no calendário, o recomeço está mesmo é dentro da gente. E para mim, caro leitor, isso nunca fez tanto sentido.  O ano que se encerrou trouxe muitas mudanças de pensamento, de atitudes e de visão de mundo. Aprender a falar não, redescobrir-me, expressar-me, aprender na marra a me defender e a ter que ressignificar as coisas e (sobretudo) eu mesma. Tudo junto e misturado. São tantas metas, expectativas de superar as antigas agonias e de se viver coisas boas, de compartilhar momentos, que a lista do que devo ou não fazer já está enorme. Poderia publicá-la aqui? Até que poderia, mas vou me reservar a tê-la na minha completa privacidade e de meu direito constitucional de não fazer provas contra mim mesma. 

É, você…

É inegável o poder que as palavras podem ter, o que podem causar na gente e significar em nossas vidas. Quando ditas na entonação e na circunstância certas, então, são muito mais explícitas que a soma de várias frases conexas ou do que a própria realidade.  Se a afirmativa acima lhe parece pretensiosa, caro leitor, não vou lhe pedir desculpas. Realmente acredito que a combinação de simples letras, numa única significação, podem expressar tantas coisas que dariam inveja em qualquer verso. Nem um poema ou canção - que combinam tantas delas - parecem ter graça alguma diante daquela palavra.  E, pelo menos para mim, você tem tido esse grande significado. Um pronome pessoal com apenas quatro letras ótimas de se falar ou se ouvir, sobretudo quando acompanhadas de um sorriso ou seguida de um suspiro.  A depender do ponto de vista - ou do que se olha ou de quem diz - você pode englobar tantos sentimentos, sensações e vivências que não consigo nem pensar ou imaginar outras palavra...

Na palma da mão...

Ontem fui surpreendida. Em meio a comes e bebes, numa confraternização bastante animada, aquele senhor olhou para mim e me fez uma pergunta tão direta e reta que me deixou sem resposta imediata. Mas não foi a pergunta em si que me deixou sem palavras. O que fez isso foi todo o enredo que se desenrolou. E se tem algo que jornalista ama são belas ou curiosas tramas.  Logo após a pergunta, ele delicadamente pegou a minha mão direita e a virou com a palma para cima. Brinquei se era cigano (sim, sou daquelas que tentam fazer piada para esconder o desconforto) e ele, sorrindo, ignorou totalmente meu questionamento. Apesar de não acreditar nessas coisas de clarividência e ficar bem pistola com a ignorada à minha piada de desconforto, a forma com a qual ele me olhou e sorriu em seguida me deixou com medo (confesso).  Só fiquei aguardando o que viria e ele foi logo disparando várias afirmativas enigmáticas, que me deixaram com cara de ponto de interrogação. Pediu para não me assustar, ...