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Mostrando postagens de novembro, 2025

Simpatias que podem mudar a sua vida...

Os meses de junho e julho são os mais engraçados do ano, pois me fazem lembrar quando estava no começo da adolescência. As datas que antecediam 13 de junho, o dia de Santo Antônio - leia-se ‘o casamenteiro’, eram as mais agitadas e cheias de simpatias para achar um namorado (isto é bem forte em cidades do interior, em Valinhos não poderia ser diferente). Muitas destas simpatias eram engraçadíssimas e outras um pouco criminosas, porque envolviam até o seqüestro do menino que ‘Toninho’ (para os mais íntimos) carrega nos braços. Não me esqueço de uma que era bem comentada e a alegria das meninas, na qual você escrevia os nomes dos candidatos em papéis e deixava-os em uma bacia de água ao relento. Um destes papéis deveria estar em branco e no outro dia era só conferir qual estava aberto, lá estaria o nome da ‘vítima’. Bem, agora imagina se não era o papel em branco que sempre estava aberto? Fique claro que mesmo com a ajuda do Santo, Murphy sempre pode interferir! As mais desesperadas (afi...

Bem ou não, que esteja sambalelê!

Dizem que Sambalelê realmente não tem lá muita sorte. Mesmo doente e com a cabeça quebrada todo mundo quer lhe dar uns tapinhas, só por diversão. Talvez isto explique porque eu odiava tanto esta canção infantil; pensava que se não a cantasse poderia deixar o coitado em paz para se recuperar, tranqüilo em sua casa. Lembrando com vergonha disso muitos anos depois e bem mais crescidinha (deixando a altura de lado), hoje vejo ‘sambalelê’ de uma maneira bem diferente... “Já sei, lá vai ela escrever algo chato ou romântico sobre o tal de Sambalelê!” , podem dizer os que leram o primeiro parágrafo, mas não é bem assim. Nunca tive uma paixão arrebatadora pelo tal da cabeça quebrada e não gosto de romantismo, o Rafael sabe muito bem. Apenas comecei a escrever isto por ter uma relação amistosa com a palavra ‘sambalelê’, que considero muito interessante. Não sei se a culpada desta minha opinião foi a Ruth Rocha, que tem uma coleção de clássicos que leva este nome, ou se é porque 'sambalelê...

Vou comprar uma cartola...

Já vou logo avisando que este post é bem idiota, mas não pude deixar de escrevê-lo. Desde adolescente eu sempre quis saber o real motivo do Slash (guitarrista do Guns N' Roses) usar uma cartola e finalmente encontrei a resposta para esta dúvida juvenil! Com certeza não mudará sua vida e é tão simples que chega a ser engraçada (pelo menos para mim): "fiquei contente quando descobri que afundando o meu novo acessório ao máximo possível na cabeça eu podia enxergar tudo, mas ninguém poderia me ver. Alguns podem dizer que um guitarrista se esconde atrás de seu instrumento, mas minha cartola era uma reconfortante barreira impenetrável adicional" (Slash, p.114, 2008). Dá para perceber que ele encarava seu principal acessório como se fosse um escudo no qual ficava protegido, vendo tudo acontecer ao redor. No livro ele chega a dizer isso. Tudo bem que algumas substâncias o ajudaram a enxergá-la desta forma e muitas outras coisas, mas isto não vem ao caso. Para dizer a verdade est...

More than high society beautiful people

Sentada em uma mesa luxuosa, rodeada de pessoas, algumas conhecidas, não me sinto à vontade. A primeira coisa que vêm à cabeça é de que deste mundo não faço parte e me fizeram ser, em momentos, parte dele. Absurdo, mas nem tanto assim. Várias pessoas gostariam de estar em meu lugar agora e, para surpresa alheia, eu simplesmente não gostaria. Não vejo graça em vestidos que mais parecem lustres, em sapatos bem mais caros que um mês de trabalho para muitas famílias e em roupas que ficariam melhores se não fossem combinadas. São mulheres de ‘garbo e elegância’ produzidas para mulheres, homens que só as observam e que, no fundo, estão loucos para ir embora e trocar seu traje de gala por uma bermuda. Não vou dizer que não gosto de sair bem-vestida, mas a combinação de frescura com luxúria me parece perigosa, melhor acreditar que para estar bem arrumada é preciso ter senso. Situações simples e conversas divertidas/sinceras certamente têm mais glamour, afinal prestariam mais atenção em você do...

Infância (des)controlada

Juca jogava bola todos os dias. Corria para lá e para cá com a pelota debaixo do braço chamando os vizinhos para participar. Sempre brincava de esconde-esconde e toda vez queria ser o último a correr ao pique e gritar ‘Salvo o mundo’, para que todos os que haviam sido pego antes voltassem à brincadeira. Não gostava nada nada de brincar de ‘rei da rua’, pois achava muito mais divertida a idéia de salvar o mundo. Os anos passaram, a bola e o esconde-esconde ficaram para trás. As mulheres passaram a ser mais interessantes e o estudo virou prioridade. Juca começou a trabalhar e formou-se em engenharia. De fato, queria construir algo melhor, mas os projetos eram bem mais limitados a prédios e construções públicas. Nada mais de salvar o mundo. Havia crescido. Casou-se aos 30 anos e após dois anos Matheus nasceu. Muito dedicado, sempre quis estar presente na vida do filho - também seria uma ótima oportunidade para recuperar todas aquelas brincadeiras de criança. Mas as coisas mudaram bastante...

Quando a gente precisa de um pouco de confete...

Há tempos estou me sentindo um pouco diferente. As pessoas com quem convivo sempre me perguntam se ando brava, desanimada ou porque estou tão quieta. Talvez seja porque estou me policiando para não falar tão alto como de costume e ando um pouco mais pensativa, já pondero bem mais quando quero brincar com alguém. Definitivamente braveza e desânimo não são adjetivos aplicáveis a mim. Quietude pode ser em alguns momentos, principalmente quando estou receosa. Sou do tipo de pessoa que não gosta de falar de seus sentimentos, prefiro ouvir o que os outros tem a dizer. Gosto sim de falar bastante, rir de coisas simples, mas não de falar tão abertamente sobre mim, vou quebrar um pouco essa barreira...

Quem dera valorizá-la da maneira que ela realmente merece...

O despertador toca. São seis horas da manhã e Estela já tem que levantar. Pega os óculos ao lado da cama e caminha até ao banheiro. Ao olhar para o espelho não se acha bonita. Os defeitos de sua face logo sobressaem, mas não porque são visíveis, aliás, nem perceptíveis são. Estela não gosta da imagem que vê todos os dias quando levanta, não se fala “Bom dia!”. As únicas coisas que pensa ao olhar seu reflexo é o fato de não estar com o mesmo peso da semana passada e que seu cabelo está mais amassado que nunca. Nem vale a pena citar o desespero dela quando vê um sinal de expressão que não existia perto dos olhos. Quem cruza com Estela na rua nem se atenta a esses detalhes tão insignificantes, percebe apenas que aquela moça está um pouco cabisbaixa e nem olha para o lado. Se soubesse que sua beleza natural é comparável apenas a sua inteligência. Ao chegar ao trabalho coloca as coisas em cima da mesa: uma bolsa, uma revista de ginástica que acabou de comprar e um livro não muito conhecido,...

Quero fugir para o México!

Desde pequena tenho uma admiração pela cultura latino-americana e sonho em conhecer o México. Não, essa vontade não surgiu assistindo Chaves quando era criança ou com as superproduções da teledramaturgia mexicana, é uma vontade nata que não sei de onde surgiu. Talvez seja porque eu goste bastante de ler sobre os costumes e tradições desse povo tão rico em ensinamentos ou ainda por seus monumentos tão singulares. Na verdade, me encanta saber que aquele lugar é um paraíso com paisagens maravilhosas e únicas, praias e construções com milhões de anos, contribuições de gerações antigas. Mas ao mesmo tempo em que me admiro com tanta beleza também me amarguro com a pobreza de um povo que sofre tanto ou mais que o nosso e isso não é encantador para ninguém. Quem sabe um dia vou para lá, onde as comidas são mais quentes e as músicas mais dançantes. Nome duplo eu já tenho, só falta a passagem!

Descontraído...

Esse texto é bem simples, mas a intenção foi muito legal. A idéia inicial era escrever uma carta de despedida a um grande amigo de trabalho, mas não sabíamos como fazer. Como ele tinha muitas histórias engraçadas e tiradas rápidas, procurei saber entre as pessoas que trabalhavam conosco quais eram as melhores. A escolha foi bem difícil, mas selecionamos as mais marcantes. Para que a carta tivesse tudo a ver com ele, que é muito bem-humorado, decidi que o melhor era fazer o texto como se ele tivesse escrito a nós. E deu certo. Todo mundo que trabalhava conosco gostou e ele ficou bem feliz com a homenagem. Para quem não o conhece, talvez pareça um texto sem fundamento, mas para quem conviveu diariamente com ele, durante quase um ano, vai entender o que quis dizer. `·.¸¸.·´´¯`··._.· `·.¸¸.·´´¯`··._.· `·.¸¸.·´´¯`··._.· `·.¸¸.·´´¯`··._.· `·.¸¸.·´´ Prezadas, Há quase um ano, quando mostrei todo meu expertise e know how (leia-se com sotaque à lá Gimenez), não imaginava tudo o que poderia ...

A solução dos seus problemas na livraria mais próxima de você

Ainda não sei por que as contas e faturas chegam antes do quinto dia útil. Ao receber meu salário nem tenho tempo de ficar feliz ou de planejar algo, pois logo lembro dos papéis pendurados na geladeira que fica no canto da cozinha e o quanto eles custam (mais que deveriam). Mas como quero continuar a pagar tudo certinho eu até comprei os livros " Prosperidade" e " O sucesso não ocorre por acaso" , ambos do Lair Ribeiro, para ver se eu aprendo alguma tática. Talvez até um jeitinho brasileiro infalível que me mostre uma saída milagrosa para viver em paz eternamente com minha conta bancária. Não sei se isso será a solução certeira de meus problemas, mas espero que pelo menos ajudem a fazer com que eu perceba que o ser humano nasceu, sim, para ser prospero e que isso não é uma mera ilusão. Mas aí entro em outro dilema: será que a prosperidade é o caminho correto? Acho que ela pode ajudar, mas pensando pelo lado positivo da questão nem é tão ruim ficar brigada com sua p...

Novas idéias...

Tenho acordado ultimamente com o pé direito. Novas idéias para colocar em prática, faminta por novidades e mais aberta a novas propostas. Calma, calma, nada que atinja o nível pessoal, mas se falar em profissional essa história muda completamente de direção. Muitos livros têm me influenciado nos últimos meses. Nada de abordagens políticas ou afins, deixei isso um pouco de lado, tenho prestado mais atenção aos diferentes estilos de escrita e posso dizer que aos poucos estou achando o meu. Tudo bem que todo mundo nasce com um estilo peculiar, mas não é nada mau aprender mais sobre outros e se basear em boas coisas. Vamos ver o que vem por ai...

Saúde para você?

É ridícula a criação de mais uma taxa de contribuição para financiar o aumento de despesas do setor da saúde, para não dizer abusiva. Além de todos os impostos a pagar diariamente (embutidos em serviços e produtos, fora outros) temos que desembolsar mais este ainda? O sistema de saúde pública disponibilizado à população sempre foi uma vergonha, mesmo durante a captação dos ‘recursos’ provenientes da taxa anterior. É incabível a volta desta forma de arrecadação, que de nada resolveu este problema. Ao invés de pensarem sempre em novas formas de arrecadar nosso dinheiro, como a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) , deveriam buscar alternativas plausíveis para solucionar o problema da saúde brasileira de fato. Realmente me dá nojo em saber que não há limites para as cobranças de taxas à população brasileira. Peço para que os partidos de oposição à proposta façam algo para impedir mais esta injustiça com os contribuintes, que não agüentam mais destinar dinheiro ao Estado, sem ...

Olhar ao redor sempre é bom...

Sou do tipo de pessoa que fica preocupada com tudo, muitas vezes por excesso de cobrança que tenho comigo mesma. Mas há momentos em que percebemos o quão infantis são essas preocupações quando comparadas à realidade de muitas pessoas. Escrevo isso porque soube que um amigo meu está com câncer e em fase de tratamento da doença. Ele tem a minha idade, 23 anos apenas, e assim como tanta outras pessoas passa por um momento difícil, o qual tenho certeza que vai superar... Aproveito para deixar um texto da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), que tem uma campanha muito importante: A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), ao lado da Secretaria Municipal da Saúde; da Associação da Medula Óssea de São Paulo (AMEO); e o Hemocentro da Santa Casa de São Paulo, concentram esforços para divulgar a importância da doação da medula óssea, oferecendo informações sobre a importância e os procedimentos sobre a doação voluntária. "Precisamos acabar com os mitos sobre a ...

Arruma tudo aí, gente! É quase hora de votar...

Estava à caminho de casa, voltando do trabalho e ao chegar em minha querida cidade comecei a perceber várias mudanças evidentes. Sinalização de trânsito exemplar, ruas antes esburacadas asfaltadas novamente (nem preciso fazer manobras estúpidas para desviar dos buracos), luzes mais marcantes, policiais na rua e entre outras coisas mais muita, muita, mais muita tinta verde e branca. Confesso que essa situação foi um pouco estranha para mim, pois percebo o oposto disso todos os dias em pequenos detalhes. Mas para ressaltar estas mudanças, caso ninguém tenha percebido, dois jornais locais estampam na primeira folha às sextas-feiras notícias pré-escritas e sem autores, que ressaltam todos os investimentos municipais gastos em paredes verdes e em outras coisinhas que nem vou comentar. O grande benemérito? Justamente quem pauta e determina as notícias do município, nem preciso citar nomes. É engraçado e nojento como as coisas começam quando as eleições estão próximas. Sempre as mudanças mais...

A doce vida fictícia de Joaquina...

Joaquina é do tipo de pessoa que gosta de aparecer. Cabelo arrumado e cílios quase que postiços ganham força com a maquiagem desenhada e roupa da moda. Não importa seu tipo físico, o importante é estar de acordo com os padrões que idolatra. O visual, quase sempre impecável, combina perfeitamente com seu mundo, desenhado especialmente para sua existência. Neste lugar que julga ser somente seu, Joaquina gosta de se impor e para isso não mede esforço. Bonita como ela só, sabe dançar, conversar e é divertida. Não tem vergonha de falar que seu gênio é forte sempre que quer arranjar um adjetivo que resuma seu estilo de vida. Aliás, quando o assunto é adjetivos e substantivos, Joaquina considera-se a mais correta e a mais indicada a dizer ou escrever algo (para não dizer a única); ninguém está tão apto a colaborar. Mesmo se plural é singular, não importa! Esse mundo é só dela e quem decide é ela... Para impor sua vontade se esquece que em seu mundo há muitas outras pessoas que, assim como ela...

Depois que eu falo ninguém acredita...

Eu não posso fazer nada, porém essas coisas só acontecem em Valinhos. A primeira notícia eu não acreditei, contudo é verdade. Mas para relatar serei breve e objetiva: 1) Uma pessoa aqui da cidade que tentou ficar famosa no programa Ídolos, quando era do SBT, se candidatou a vereadora. Preciso falar alguma coisa? No mínimo ela vai querer ser eleita para tentar cantar no microfone da Câmara Municipal em dia de sessão, mas mesmo assim ninguém vai querer ouvir. Peço por gentileza que chamem o Sacomani para dar um jeito nela novamente... 2) ¡ Caramba* ! Já começou a palhaçada de pintar muros com nome de candidatos, carros de som e banners por todo lugar que você olha. Será que isso faz com que as pessoas votem mais em você? 3) Domingo foi carreata e fogos de artíficio, hoje cidade enfeitada com números e amanhã? Espere só para ver... * Agora virei uma mocinha educada, 'de garbo e elegância', e nada mais de palavrões em meu vocabulário, quer dizer, nem tantos assim...

Beleza barata...

Realmente não há mais o que inventar. Pela ditadura da pele perfeita, as mulheres são capazes de tudo e mais um pouco. Não estou as julgando e dizendo que isso é errado, até porque sou apaixonada por cremes e não vivo sem filtro solar ou hidratante. Contudo, há coisas que passam da vaidade para o exagero e que chegam a assustar até quem gosta de passar seus dermocosméticos queridinhos. Digo isso porque estava navegando pelo site de notícias G1 e fui surpreendida pela notícia de uma novidade em tratamento da pele. Como trabalho como jornalista em uma empresa de dermocosméticos e princípios ativos para beleza e saúde, é óbvio que teria que checar a informação. Eis então que leio: “Por beleza, coreanas passam 'creme de barata' no rosto”. Peraí, 'creme de barata'? Isto mesmo. Na esperança de ficarem mais jovens e bonitas, as mulheres aplicam uma espécie de máscara facial com o extrato de baratas, que são moídas vivas pouco antes da aplicação na pele. Tem até um vídeo no You...

Desligue a TV e vai ler um livro...

Há quatro anos eu não sabia o que era chegar em casa tranquilamente e assistir um pouco de televisão após o trabalho, já que os últimos foram dedicados totalmente à faculdade de jornalismo e a todas as atividades possíveis que ela me oferecia (sim, sempre fui nerd! rs). Contudo, cada vez mais fico decepcionada ao ver canais que repetem fórmulas antigas de histórias, outros que apelam ao irreal e, principalmente, com os que usam o corpo de mulheres e homens e o assunto ‘sexo’ para alcançar o máximo de audiência. É incrível disto tudo é justamente a forma como o sexo é tratado hoje em vários lugares, o que me incomoda bastante. Não sou puritana, acho que todos podem ser livres para fazerem o que quiserem, mas tratar isso como forma de status, luxo, riqueza e como diferencial da sua personalidade já é outra coisa... Na realidade muitas pessoas utilizam o tema sexo para parecerem modernas e avançadas, à la Sex in the City , fogem da sua própria idéia para estar na moda. Aliás, nunca havia ...

Melissa chuta ao gol...

Melissa adora futebol, mas ninguém a deixa jogar. A turma da sua rua é só de meninos e ela só pode brincar quando é queimada. Por isso, fica assistindo e pensando em como seria bom se estivesse ali, jogando com todos eles. Após cinco minutos não se controla e pede para entrar na partida e os desafia, afinal quem poderia perder para ela? Eles riem, não dão a mínima e ela continua a cutucá-los. “Será que não querem perder para uma menina?”. Melissa entra no jogo como café-com-leite e fica responsável em proteger o canto esquerdo do campo, somente do lado da grande área (que na rua é bem pequenina), é quase uma gandula. No início, só busca as bolas que são chutadas com força para fora do campo. Na realidade ninguém quer deixá-la jogar, justificam dizendo que não querem machucá-la. Melissa não é de reclamar, porém começa a desanimar no meio do jogo. A bola parece algo inatingível, longe da sua realidade e o caminho mais provável naquela partida - na qual ela era uma jogadora praticamente i...

Mais homens na TV, por favor!

Não, não sou machista ou vou pedir que goo goo boys saiam das suas casas noturnas para rebolarem na TV, definitivamente não é isso. Aliás, meu comentário é breve e passa justamente a imagem contrária... Acho que não sou a única mulher que já está cansada de outras com pouca roupa por ai, mostrando seus atributos naturais em campanhas publicitárias, em comerciais de cerveja e em programas televisivos, enchendo a poupança de dinheiro. Acho que também não estou sozinha a pensar que cada vez mais as popozudas dominam nossas vidas e a TV, pois sempre estão lá no canto do palco rebolando e dançando como loucas descompassadas e tomaram conta dos humorísticos e programas esportivos. Isto não é uma generalização, até porque muitas são ‘boas’ também no sentido profissional - como diriam uns amigos meus - e até concordo que grande parte é bonita e talentosa. Entretanto, muitos programas e propagandas publicitárias pecam ao explorar a mulher como uma coisa sem cérebro, sem capacidade de raciocíni...

Se puder ler hoje...

Meu gosto pela leitura começou quando eu tinha uns três anos lendo "Maneco Caneco, chapéu de funil", mas perdi este livro que ganhei da minha Tia Renata poucos anos depois. Foi então que comecei a procurar e a ler outros, para achar meu novo livro/texto predileto. Essa tarefa é muito difícil, mas depois de tantos anos já tenho alguns favoritos... Se você me perguntasse hoje: "hey Gabi, qual texto/livro/autor você mais gosta?", eu com certeza diria que adoro crônicas e sugiriria quatro textos excelentes: - Homem no Mar, do Rubem Braga; - Ser brotinho, do Paulo Mendes Campos; - O nascimento da crônica, de Machado de Assis. Opa, faltou um! Mas esse é um livro-reportagem e não crônica. Mistura história de uma pessoa, do Brasil e muito jornalismo investigativo. A idéia de tornar uma história individual em história pública é algo que me encanta, e posso dizer que Fernando Molica, um dos meus escritores e jornalistas prediletos, faz isso com maestria. Para quem gosta de hi...

Quantas vezes você já sentiu idiota hoje?

Pelo dicionário, idiota é quem diz ou faz tolice, que sugere ou constitui idiotice e que tem comportamento idiota, resposta idiota. Seu antônimo é esperto. O fato é que esse adjetivo está presente no dia-a-dia de cada pessoa e, pelo menos para mim, é definido mais como um sentimento que me toma alma muitas vezes. Ontem mesmo ao sair para trabalhar me senti assim, tão idiota. São aproximadamente 20 minutos de minha casa até o outro lado de Campinas, então a melhor forma de tornar esse tempo mais agradável é ouvir música. Até ai tudo bem, mas eu sou do tipo de pessoa que não se contenta em ouvir somente, preciso provar sei lá para quem que também sei cantar todas as músicas do CD, até porque ouço várias vezes a mesma canção. Quando o cantor pensa que pode gritar então, ai que solto a voz mesmo; horrível, porém tento cantar. Já imaginou a cena? Tenho certeza que metade das pessoas que passam com seus carros ao meu lado pensam que sou louca, idiota mesmo. Olham com cara de que nunca fizera...

Por alguma razão não sei explicar...

Os sonhos são esquisitos, mas adoráveis. Eu constantemente sonho que estou em tantos lugares conversando com pessoas diferentes, dificilmente são pessoas conhecidas. Quando eu era adolescente já aconteceu de eu conversar muito com um cara várias vezes (parecia ser amigo de longa data) e muito tempo depois o vejo do nada na rua em outra cidade, que por acaso eu estava em excursão com o colégio e meus amigos. Não fui falar com ele, apenas fiquei paralizada e sem reação. Enfim, vai saber? Mas sem dúvida nenhuma um dos mais estranhos que tive foi quando sonhei que estava no show do Coldplay, só que nem conhecia o trabalho dos caras (só Clocks) e nunca havia lido ou parado para escutar algo sobre eles. E lá estava eu, no meio da multidão cantando certinho músicas que nunca havia ouvido com pessoas que não conhecia a noite toda. Naquele dia acordei com tanta dor nas pernas e extremamente cansada, de tanto dançar e pular em um show de uma banda que só conhecia uma música, que tive que pesquis...

O horário eleitoral merece um pouco de atenção...

Em um breve momento de descanso, logo após o almoço, ligo a televisão para assistir algum programa. Para minha surpresa relembro que estamos em período eleitoral e é época de campanha política na televisão. De cara demonstro minha total indignação com aquilo; afinal, em uma tarde de sábado o que desejava era, pelo menos, assistir a um telejornal ou então um programa que falasse sobre qualquer coisa, menos política (apesar de gostar do assunto). Com imensa vontade de desligar o aparelho reflito e me controlo, mas não consigo resistir a tentação que acredito ser semelhante à de milhares de brasileiros. Contudo, antes de apertar a tecla desligar de meu controle remoto decido dar mais uma chance ao horário eleitoral. Quem sabe não acho algo interessante e consigo conhecer outros candidatos? É justamente aí que começo a me surpreender com as falas de diversos almirantes a um cargo na câmara municipal. Em menos de 8 segundos têm que deixar sua mensagem aos telespectadores que, aliás, aguarda...

Levanta, Manuela!

Tem dias que Manuela não quer sair da cama. Enrolada nos lençóis a vida parece ser bem mais fácil do que parece, pois se ficar quente é só tirar o edredom; e se ficar frio é só voltar a se cobrir. Deitada na cama, a escolha mais difícil que tem a fazer é se quer se levantar e ir ao banheiro, tomar um banho ou ir à cozinha comer algo. Pode voltar quando bem entender. Enrolada nos lençóis, Manuela tem o poder de decisão de tudo: pensa nas coisas que deseja, escolhe quem pode estar ao seu lado e se não gosta do sonho é só acordar, mas pode voltar a dormir e sonhar de novo se quiser. Para dizer a verdade, por mais que aquele seja o lugar ideal, Manuela sabe que os lençóis só poderão oferecer conforto, nada além disso. Será que é lá mesmo que ela quer ficar?

No mínimo confuso...

Intervalo de curso, estava lá conversando com minha amiga Amira e eis que um menino vem na minha direção para dizer oi. Olho para ele e falo de cara, feliz da vida: “Nossa, Johnny, quanto tempo eu não te via, no mínimo uns seis anos, desde a época do colegial!” e já vou apresentá-lo para Amira , dizendo que ele havia estudado comigo, que jogava RPG junto com ele e mais uns amigos e blá blá blá (relembrando as boas e inesquecíveis épocas do colégio). Até ai tudo bem, pois como uma pessoa educada é bom fazer as apresentações. Entretanto, ele vira e fala: “Nossa, Mariana, acho que fazia uns dois anos que não te via, não seis...”. Dei risada e respondi que meu nome não é Mariana, mas Gabriela e ele solta uma gargalhada “Puts, é mesmo! Você vivia falando que eu parecia esse Johnny aí...” Fiquei de todas as cores possíveis e me senti mais uma vez uma idiota de carteirinha, para variar. Por um momento esqueci que eu tenho o dom de confundir pessoas em situações tão simples quanto esta. A conv...

Ele confia cegamente em nós?

Li a notícia do Bruno Garcez na Folha On-line desta semana e não resisti, tive que postá-la aqui. Só fica uma pergunta na minha cabeça: será que o povo é tão "juiz sábio" assim? Tenho minhas dúvidas. De qualquer forma o presidente diz que confia plenamente nele (povo) e critica a imprensa brasileira, esquecendo que os jornalistas também estão inclusos neste conjunto de pessoas. Afinal, vivemos no mesmo país e estamos sujeitos as mesmas leis... É, ele deveria confiar cegamente em nós também... Em Nova York, Lula critica imprensa brasileira por BRUNO GARCEZ - enviado especial da BBC Brasil a Nova York O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou farpas contra a imprensa brasileira em diferentes pronunciamentos realizados nesta segunda-feira em Nova York, onde se encontra para a Assembléia Geral da ONU, e afirmou que o povo é ''um juiz sábio'', capaz de distinguir notícias falsas das verdadeiras. Pela manhã, Lula demonstrara irritação com uma reportagem publica...

Já chegou a hora!

Opa! Amanhã todo mundo sabe que é dia de votar e será uma data muito especial, porque depois de quase dois anos voltarei a fazer cobertura ao vivo e será logo das eleições municipais, aqui em Valinhos mesmo, pela rádio da cidade . Já estava cansada de só escrever coisas institucionais ou de assessoria, jornalismo de campo sempre é mais divertido, está no meu sangue. Fui convidada por meu ex-chefe (salve, salve Fernando D'Ávilla) e estou muito feliz com a oportunidade, pois foi nesta rádio que me ajudaram a crescer profissionalmente. Trabalhei lá durante um ano e era responsável pelo conteúdo jornalístico da manhã, apresentava o jornal e era convidada no programa Revista da Manhã, do qual tenho muita saudades também. Entretanto, mesmo quando estava lá nunca peguei cobertura de eleições municipais e estou ansiosa para fazer parte daquilo de novo. Tudo bem que já cobri desde jogo de futebol à referendo e greves, mas as eleições nem se compara! Bem, ontem foi a reunião que decidiu os ú...

O dia seguinte...

Oba! As eleições terminaram, os eleitos já foram devidamente anunciados nas cidades com primeiro turno e agora fica o resultado do período de campanha, mas não estou falando da felicidade e da tristeza dos candidatos não... Quem mora perto de escolas que serviram como local de votação sabe exatamente do sentimento que toma conta da minha alma neste momento. É incrível como as pessoas confundem seus santinhos eleitorais com confete, os jogam por todo lugar e fazem da rua um verdadeiro salão, como se fosse um carnaval. No mínimo muitos pensam que os eleitores são fanfarrões vestidos de palhaços, que devem dançar no mesmo ritmo da marchinha deles, no meio da porcalhada. O engraçado – ou trágico – é que estes mesmos candidatos que jogam seus papéis ao vento e colocam placas por todo o canto querem se eleger para transformar a cidade num lugar melhor para se viver, pelo menos era para ser assim. Mas como querem fazer algo de bom se já começam sujando as ruas e deixando tudo por ai, jogado? ...

Por que parecer uma pessoa que você não é?

O ser humano é cheio de frescura. Basta conhecer uma pessoa nova para que queira surpreender o outro com atitudes que não são e nunca serão suas. Risadas forçadas, palavras improvisadas, piadas sem graça e gestos que denunciam sua falsa maneira de agir. Isto vale para as duas partes e é muito natural na primeira ou segunda conversa, principalmente quando você não está em uma situação confortável. Depois não dá mais para evitar... Escrevo isso porque gosto de observar como os outros agem e como me porto em diversas situações, porém não faço isso como comparação, é apenas curiosidade. Além disso, ultimamente venho presenciando a atitude de pessoas que inventam características só para agradar os outros ou para falar "como sou fo*&", sem pensar no papel ridículo que fazem, principalmente diante dos conhecidos. Eu mesma já tentei agradar muito os outros por medo da primeira impressão já ser a errada, mas era justamente aí que fazia feio mesmo e acontecia o contrário do que eu ...

Perguntar dói, e muito!

Não importa o lugar, quando o assunto é petulância e má educação todo nós estamos sujeitos, ainda mais quando se quer algum tipo de informação importante – a coisa mais normal do mundo a um jornalista. Escrevo isso porque fico revoltada e puta da vida ao ler que algum repórter apanhou enquanto trabalhava, como o jornalista que foi agredido por torcedores austríacos em uma transmissão ao vivo. Além da física, outro tipo de agressão que me tira do sério é a implícita, que vai desde desligar o telefone na cara, fazer de conta que não ouviu/entendeu ou até mesmo tirar sarro da situação, sendo que você precisa escrever sobre aquilo e não ouvir piadas do assunto. Mas, sem dúvida, a de não ser levado a sério é ainda pior, principalmente por aqueles que renegam ao jornalista justamente aquilo que é a base do seu trabalho: o direito à informação. Neste quesito, alguns assessores e puxa-sacos são experts e conduzem com maestria a falta de ética que pode haver no relacionamento com a imprensa (a...

Quem me dera...

Sabe aquela história que te contaram uma vez, há muito tempo mesmo, e você nunca mais esqueceu? Pois bem, hoje meu post será um texto que reflete exatamente essa idéia, uma história contada pelo Rubem Braga, em 1953. De tão bem escrita parece que eu estava lá com ele, observando o mar e sentindo a mesma coisa, torcendo junto. Quem sabe um dia poderei contar uma situação cotidiana com tanta maestria... Homem no Mar Rubem Braga De minha varanda vejo, entre árvores e telhados, o mar. Não há ninguém na praia, que resplende ao sol. O vento é nordeste e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das águas, pequenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes; perto da terra a onda é verde. Mas percebo um movimento em um ponto do mar; é um homem nadando. Ele nada a uma certa distância da praia, em braçadas pausadas e fortes; nada a favor das águas e do vento, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo: espumas são leves, n...

Você prefere como?

O texto postado abaixo foi retirado do portal da F/Nazca . Quem me indicou foi a Lívia, dizendo que eu não poderia deixar de ler. Gostei tanto que pensei em dividir com vocês... Crise. Você prefere com ou sem açúcar? Nós já enfrentamos e sobrevivemos a muitas crises. Talvez já tenhamos perdido as contas sobre o número e a origem delas. Mas as malditas já nos surpreenderam diversas vezes enquanto assobiávamos distraídos virando algumas dessas esquinas da vida. Algumas foram provocadas pelo petróleo, outras pela Rússia ou pela China, a maioria gerada internamente, já que em matéria de crise, o Brasil sempre foi auto-suficiente. A tal ponto que, se não chegamos a ser fraternos amigos - nós e a crise - também não podemos negar que tenhamos nos tornado íntimos conhecidos. Nenhuma crise é igual à outra. Essa que chegou com toda a força, agora, certamente é a mais diferente de todas. Porque o Brasil não tem um pingo de responsabilidade sobre o que está ocorrendo e porque o Brasil está no seu ...

Um pingüim em minha mesa...

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Muitos aderem a tatuagem, outros já preferem usar alguma jóia ou bijuteria para simbolizar. Conheço até pessoas que furam a orelha juntas ou fazem questão de usar frases em comum, mas minha amiga Laura e eu arrumamos uma forma diferente de selar nossa amizade: temos cada uma um pingüim pequenino, que chamamos carinhosamente de Tunico e Tinoco (sim, é uma miniatura daqueles que ficam em cima da geladeira). Parece até brincadeira de criança, mas os batizamos assim em homenagem aos cantores sertanejos, que certamente seu avô ou sua avó conhecem muito bem. Aqui no interior de São Paulo então nem se fala, faz parte da nossa formação e quase nascemos cantando suas músicas. Mas o processo para escolha do nome não foi aleatório, pois queríamos que eles estivessem ligados de alguma forma. Pensamos então que quando se trata de uma dupla sertaneja não importa se você quer falar apenas de um, o nome do outro sempre vem embutido. Quer um exemplo? Aposto que pelo menos alguma vez na vida você já dev...

Memórias Diretas

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Fachada da prefeitura de Campinas, em 1984. Crédito da foto: Luiz Ferrari Há exatamente um ano a Amira e eu estávamos praticamente loucas por causa do nosso projeto de conclusão de curso: um videodocumentário sobre a campanha das Diretas-Já no município de Campinas. Queríamos fazer uma espécie de ‘resgate histórico’ de um episódio desconhecido por grande parte dos moradores da cidade. Ficamos mais de cinco meses só pesquisando, fazendo pré-entrevistas e falando com muita, mais muita gente para conseguir qualquer tipo de material audiovisual, fotográfico e relatos sobre a época. Visitamos arquivos de TVs, jornais, sindicatos, acervos públicos, bibliotecas e não achávamos nada que sustentasse as imagens da nossa proposta. Nossos entrevistados também não guardaram nada visual daquela época e já pensávamos em mudar de tema, porque não tínhamos conseguido reunir imagens suficientes para contar esta história. Orquestra de Campinas em apresentação no Carlos Gomes. Era conhecida na época com...

A história informal é tudo de bom...

Ainda faltava muito para as oito horas da manhã e já tinha que preencher um formulário que deixaram em minha mesa. Pouco tempo depois o ramal tocou e lá fui ao ambulatório com minha folhinha toda cheia de marcações, conversar com o médico da empresa. Já que não bebo, não fumo e minha saúde está ótima – obrigada! - pensei que minha consulta seria bem rápida e de rotina. Poderia ser assim em qualquer outro lugar, mas não quando o médico que irá te examinar é o Dr. Macatti. Ao entrar na sala ele logo começou a perguntar: “O que você faz aqui menina?”. Respondi de imediato que pediram para que eu fosse até lá e ele incorporou um entrevistador: - Você trabalha no marketing e é jornalista, né? Li aqui... - Sim... - Assistiu o Fantástico no domingo passado? - Não pude assistir. Não estava em minha casa... - Mas você viu a história dos médicos que não conseguiram se formar há muitos anos? - Sim, acompanhei pelos jornais. Li sobre o assunto e sobre a história daquele estudante... - Sabia qu...

E eu que queria ser ela...

Bonita como ela só, não perde tempo com besteiras. Vai logo ensaiando o que falará às várias pessoas que aguardam suas palavras, sentadas confortavelmente nas poltronas de sua sala. Ela nem ao menos sabe se prestaram atenção ou não em seu discurso. Mesmo observada por todos os lados, não fica envergonhada e conversa sobre tudo com todos. Sabe que são as conversas que guiarão suas inspirações e sua mensagem, não há como duvidar disso. Não demora muito para que dê as ordens para registrar a informalidade alheia, já que não pode individualizar as informações que acabara de receber. Este é seu trabalho. Observando de longe não tenho como dizer se ela é bacana ou não, se gosta do que faz ou se acha todo este processo uma chatice. Também não sei dizer se ela sabe o quanto ouvir Cindy Lauper é divertido, se gosta de chocolate ou se sente cólica de vez em quando. Será que ela canta no chuveiro? Não sei, apenas tento imaginar o que passa em sua mente, mas só consigo refletir se pelo menos ela r...

Ser chique é...

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A revista Vogue, como todo mundo sabe, é um dos títulos mais disputados pelas mulheres que adoram saber sobre as novidades do mundo da moda. É sinônimo de elegância, audácia, sofisticação e desperta o desejo de compra em várias pessoas que queriam muito ter aquele vestido, aquela bolsa, aquela jóia e aquela sandália super in . Além de ditar tendências, vende o luxo e a idéia de que o glamour pode estar em cada detalhe. Talvez seja por isso que não pude evitar o riso quando vi uma barraquinha de 'churrasco de gato' coberta com a propaganda da revista, em Campinas. A capa enorme oferece abrigo a várias pessoas que vão ao lugar forrar o estômago e tomar uma cerveja no fim da tarde. Mas será que o cardápio da barraca improvisada tem o mesmo glaumour que o conteúdo que 'recheia' a Vogue? Só posso dizer que o lugar está sempre cheio...

Um xingo de nada faz bem para desabafar...

Não é preciso viver em São Paulo para odiar o trânsito, basta você estar numa rua e ter pelo menos mais dois carros ao seu lado enchendo o saco. Digo isto de forma consciente, até porque não tirei minha carta pelo Orkut e sei dirigir direitinho, como um verdadeiro homem por sinal (sem machismo, mas é verdade!). Enfim, sempre pego rodovia, centro de cidade, aquela coisa toda, e não são raros os dias que vejo um monte de coisa errada, que me inspiram a mandar 'os autores' para a casa do caralho (isto mesmo, é para lá que mando). Entretanto, dentre tantas coisas idiotas, as que mais me tiram do sério são: 1) Moleque com cara de frustrado que quer passar onde nem um patinete passa e fica te enchendo o saco, querendo correr na rua esburacada pensando que é Interlagos; 2) Neguinho querendo 'encoxar' seu carro mesmo você estando na faixa da direita na velocidade máxima permitida; 3) Japonês de Santana querendo entrar na rua contra-mão sem dar seta e que ainda te xinga porque v...

Game over ou xeque-mate?

Realmente é bem difícil pertencer a geração videogame. Basta ter duas mães pertinho de você para que elas já comecem a falar que seus filhos não largam os benditos jogos eletrônicos e que também não saem do MSN, que este mundo está perdido e que eles nunca vão parar de jogar. Umas até se exaltam ao falar que o bom mesmo era quando os jogos não eram eletrônicos, eram de tabuleiro. A única coisa boa nisso é que a minha nunca está no meio. Toda vez que isto acontece penso seriamente no quanto esta garotada deve ouvir de reclamação por aí, por que se isso acontece comigo que tenho 23 anos imagina com os que têm 8 ou 15 anos? O bacana é que não importa se elas me conhecem há cinco minutos, é bem comum eu ser pega de surpresa ao ser questionada sobre o que elas devem fazer com seus filhos, que mais ‘parecem um bicho noturno que não largam o computador e videogame. Não adianta falar, eles adoram tanto aquilo. Será que eles terão um bom futuro, meu Deus!!?? Essa geração está perdida!!" . ...

Apenas dois parágrafos sobre Marina...

Marina não é uma menina como as outras. Ao invés de idealizar seu futuro ao lado de um amor qualquer e rodeada por filhos, sonha em viver de música, pintura ou poesia (sozinha de preferência, por favor). Desde que soube o que realmente queria, divide sua vida com acordes e sonetos, tintas roxas ou amarelas, e faz questão de não deixar nada de bom passar. Muitos dizem por aí que ela está perdida, que não tem nada na cabeça, mas Marina prefere dizer que só leva uma vida diferente, com sonhos diferentes e um pouco distante do que os outros estão acostumados. Só isso, apenas quer seguir sozinha seus próprios passos...

E ele está apenas começando...

Estava na casa da minha tia Renata, ajudando a montar um painel para escola na qual ela dá aulas de português. Era uma espécie de jornal-mural que ela produziu junto com suas turmas para comemorar os 40 anos da escola municipal Júlio de Mesquita Filho, de Campinas. Para adiantar um pouco as coisas para ela, comecei a digitar os textos dos alunos do 5º ano (4ª série) sobre os perigos do cerol. Li vários bem redigidos, uns que não expressam tanta vontade e outros normais. Foi então que me deparei com uma letrinha bem pequenininha, de um estudante chamado Eric Alexandre. Achei uma graça o jeito dele escrever, porque dá para perceber o cuidado que teve em desenvolver a história e passar para uma folha de caderno. Não aguentei ao ler uma criança escrevendo na linguagem certa para o público de sua idade e tive que postar uma pequena parte do texto aqui: "O cerol matou muita gente e apesar de ser uma brincadeira de criança virou uma arma mortal (...). O cerol é usado muito por crianças p...

Desconforto com a falsa necessidade...

O brasileiro nunca teve tanta coisa. Não importa quanto vai receber no fim do mês, as casas já estão cheias de eletroeletrônicos de todos os jeitos, da televisão com tela plana de 50' na sala ao iPod que não sai do lado do seu dono mesmo quando ele entra no banho. Os artigos de luxo também estão cada vez mais presentes nos lares. Cosméticos que valem mais do que deveriam e que mal cumprem a promessa marqueteira estampada nos rótulos; perfumes com fragrância forte e preços que ultrapassam até um salário mínimo. Mas não tem importância, são todos comprados naquela loja do shopping conceitual, aquela que a madame do condomínio adora. No guarda-roupa a história não é diferente. As roupas com marcas famosas sobressaem, mesmo que tenham sido divididas em 10 vezes sem juros no cartão de crédito. O importante é mostrar a etiqueta, pois é dela a culpa do absurdo convertido em moda. E se a situação mudou tanto dentro das casas, nas ruas não poderia ser diferente. Os carros saíram das montado...

Sempre dezembro...

Horário estendido e aquele calorzinho gostoso, que te convida a festejar o fim de tarde mesmo depois de um dia muito cansativo, seja para fazer o que for. Já no caminho de casa surge aquela vontade de andar por aí com o vidro do carro totalmente aberto, só para sentir o vento no rosto. Sem perceber começa a ir mais devagar e aproveita para ouvir algumas notícias no rádio, pois adora fazer isso. Ao chegar onde deseja brinca com os cachorros, bate papo com a família, toma um banho gelado, come alguma coisa e sai por aí com o cabelo todo bagunçado, só se importando em ver o céu cheio de estrelas. O clima é o melhor que há e você jura não existir melhor época que esta. A sensação é de que todo mundo sente a mesma coisa, aquela vontade de aproveitar cada segundo bom que o dia lhe oferece. Pode garoar, fazer frio, calor, cair aquele pé d'água e depois voltar a ficar quente de novo, as sensações serão as melhores, certamente as que ficarão guardadas na memória por toda a vida. Amo dezembr...