Há leveza depois da tormenta…

Há quem me veja sempre sorrindo e, só por isso, imagine que nunca enfrentei tempestades. Puro engano. Eu mesma já contei aqui, neste mesmo espaço, sobre uma das maiores que atravessei (está lá no texto “Eu mesma no mar…”).

Depois de um tempo, volto a escrever com o coração mais leve, com tranquilidade para viver de novo. Mas não tenho vergonha nenhuma de dizer: por trás desse sorriso já houve noites e noites em que o céu desabou inteiro, ventos que tentaram arrancar tudo pelo caminho, trovões que fizeram meu chão tremer e quase se partir ao meio.

Talvez seja exatamente por isso que eu valorize tanto a paz. Foram tantas as vezes em que precisei juntar meus próprios pedaços no meio do caos, engolir o choro para não me afogar (nem afogar quem estava perto), repetir para mim mesma que estava tudo bem só para não desmoronar de vez.

Escrevo isso tudo, caro leitor, para dizer uma coisa só: as tempestades não definem ninguém; elas te moldam. Podem deixar marcas, rasgar algumas partes, molhar até o osso. Mas quando a chuva passa, o céu se limpa. E é diante daquele céu limpo é que as cicatrizes viram asas, o peso vira equilíbrio e o medo se transforma naquela coragem que você nunca pensou ter.

Então sim: hoje eu sorrio como quem nunca enfrentou tempestades. E sorrio de verdade, verdade verdadeira! Aliás, leveza não é nunca ter conhecido o peso, mas ter aprendido a voar mesmo depois de cair tantas vezes. É entender que o equilíbrio te dá leveza, e que isso vale mais que qualquer coisa! 

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