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Barney Stinson tinha razão...

Sinto informar, mas este post não tem como objetivo escrever sobre a série “ How I Met Your Mother ” (que é boa, por sinal). Contudo, fiz questão de referenciar o segundo melhor personagem do seriado no título porque ele simplesmente estava certo quando defendia que Johnny Lawrence era o verdadeiro Karatê Kid . Seria injusta ao não dizer, ainda, que Guilherme Analisa também havia notado algo parecido com isso , mas só fui concordar finalmente quando maratonei a série  Cobra Kai .  Apesar de ter sido lançada em 2018, somente assisti as duas temporadas de  Cobra Kai  em setembro de 2020. Deixando de lado as paixonites adolescentes e a cara de tonto de Daniel LaRusso , focando no que realmente importa no roteiro, isto é, a sacada da série que foi excelente: aquele “loirão” que toma o chute na cara de  Daniel LaRusso  é o (merecido) destaque. Mais que isso: você passa a torcer àquele que todos amaram odiar no primeiro filme.  Admito que gosto bastante quando um personagem é o que é, sem f

Foi o que ela disse...

Juro que não conseguia entender o sucesso da série The Office. Chegava a revirar os olhos quando a via passando em algum canal e já trocava, sem ao menos dar uma chance. Mas essa repulsa, talvez, tenha existido por eu não ter insistido em chegar até a segunda temporada. Aí que tola que eu fui!  Mas nesta quarentena, enfim, eu me redimi ao decidir assisti-la após ficar órfã da excelente Parks & Recreation. E ainda bem que fiz isso, pois The Office merece todo o reconhecido sucesso e tem um dos melhores roteiros que já tive a oportunidade de (felizmente) maratonar. Os personagens são apaixonantes, mas não a curto prazo. Você se envolve a médio e a longo prazo (e está aí algo admiro num roteiro, pois é algo dificílimo de se conseguir). Episódio a episódio você não sabe se ama ou se sente vergonha, ou até compaixão, pelo chefe Michael Scott. Senti todas essas coisas, sobretudo vergonha alheia, e passei a realmente admirar e a entender porque Steve Carell é o que é. Vendo The Office em

Ainda bem que há exceções...

Algumas vezes tenho o péssimo hábito de ler comentários de usuários na internet, costume esse que - infelizmente - adquiri pelo ofício de ouvidora, que exerço há tantos anos. Geralmente são dizeres falsos, deploráveis e/ou desnecessários, feitos por pessoas que ou estão em busca de cliques ou de brigas (ou as duas coisas).  Graças a nosso bom Deus, contudo, essa regra tem exceções valiosas e hoje me deparei com uma delas. Ao mesmo tempo que essa exceção me emocionou instantaneamente, fez-me refletir sobre o que realmente importa nessa época que vivemos, na qual algo invisível aos olhos nos obriga a não poder abraçar e beijar as pessoas que você mais ama na vida. Ao mesmo tempo, essa mesma coisa oculta também nos faz mais iguais e próximos do mundo, não importa a língua que você fale.  Dentro desse cenário esquisito fui vítima do modo aleatório do Youtube, acabando num vídeo cover de uma música do Elvis Presley, que se chama Can'n Help Falling in Love . Eis que nesse hábito adq

Há sonhos...

Há sonhos que incomodam muito, mais até que aquelas hashtags horrorosas e banais do Twitter ou que vizinhos batendo na parede às 7 horas da manhã em pleno domingão. Incomodam tanto quanto motoristas que amam colar na traseira de seu veículo, mesmo quando você está dirigindo na faixa da direita e na velocidade máxima permitida àquela via.  Há sonhos que incomodam tanto que sempre que acontecem nos levam a pensar o que eles querem nos dizer, mesmo sabendo que são pura imaginação. Incomodam tanto que parecem nos dar um nível irreal de importância, a partir de revelações misteriosas ou que quase nos colocam num filme exclusivo no qual somos protagonistas na maior parte das vezes (e em muitas destas vezes, no meu caso, estou praticamente combatendo o crime sem ao menos ser capacitada para tal). Também há sonhos que incomodam muito pelo simples (ou grande) fato de serem caóticos a ponto de fazerem sentido, de serem tão reais e inoportunos que falsamente nos criam significados que u

A falta de lastro e o excesso de histeria...

Quando me perguntam qual é minha formação acadêmica e respondo “fiz comunicação social, com ênfase em jornalismo”, parece que eu joguei um balde cheio de cocô bem na cara da pessoa. De uns anos para cá, aliás, a expressão que mais vejo é a de desprezo, mas o que mais me incomoda mesmo é aquele olhar de descrédito.  Até meus próprios familiares e amigos próximos, muitas vezes, comentam comigo ou deixam escapar que jornalistas não servem para absolutamente nada, pois só sabem mentir em causa própria. De tanto que essa situação tem se repetido e intensificado, comecei a refletir ainda mais sobre assunto, tentando encontrar uma explicação. Afinal, de quem seria a culpa dessa insatisfação coletiva?! Como estou no meu blog, eu mesmo respondo: dos próprios profissionais de comunicação, jornalistas tanto quanto eu, que ao invés de exercerem o ofício com responsabilidade e ética, passaram a praticar militância, lacração ou mitagem. Tudo depende da quantidade de likes que seus comentário

O verdadeiro Girl Power x os discursos laxativos...

As Spice Girls voltaram oficialmente e anunciaram a turnê intitulada “ Spice up your life ”. Há poucos dias, em 24 de maio de 2019, regressaram mais plenas que nunca aos palcos, sem perder a majestade, com figurinos e personalidades únicas, reunindo com maestria tudo o que a gente quer e gosta numa boa e típica banda pop. Continuam com o mundo em suas mãos. E eu, que vivi alegremente todo aquele frenesi dos anos 90, assim que soube do primeiro show, agi  como uma mulher de 35 anos, adulta e madura:  fui lá no meu guarda-roupa, tirei o pó dos três CDs delas, vi os encartes e imediatamente abri o Spotify.  Logo em seguida, montei a playlist com as mesmas músicas da turnê 2019  e, ao ouvi-las, fiquei muito surpresa em perceber que relembrava todas as letras e as coreôs com maestria. Mas deixando para lá o saudosismo de um tempo que nunca mais voltará, com a graças de Deus, comecei a relembrar o quanto elas - com aqueles figurinos e personalidades extravagantes, até estereotipa

Seres especiais...

Você talvez não tenha percebido, mas entre os seres humanos há uma divisão clara, uma espécie de casta que diferencia um grupo de todos os demais, com características que são difíceis de esquecer ou não se encantar. Mas antes que alguém comece a me chamar ou me acusar de qualquer coisa, a querer me rotular de preconceituosa, explico: refiro-me a exemplares específicos, com características bem peculiares e que lhes permitem serem identificados em qualquer lugar. Os membros dessa casta são bem mais que simplesmente uma espécie viva, dotada de inteligência e de razão, com cabeça, ombro, joelho e pé (joelho e pé, sim, igual à música da Xuxa). São seres extraordinários, com uma capacidade enorme de transformar tudo o que está ao seu redor. Apesar de não terem características físicas únicas, essas pessoas especiais compartilham de uma capacidade inerente a elas, somente a elas. São privilegiadas nas situações em que há uma sequência disposta de maneira alinhada, de qualquer tipo e