Vai uma bolacha aí?
Há uns 18 anos estava no sítio do antigo namorado da minha tia Renata e chegaram lá com um aparelho muito estranho e um disquinho pequeno, que mais parecia um espelhinho com várias cores engraçadas e um furo bem no meio. Ao saberem da novidade, umas pessoas que estavam no estúdio pararam a música, abriram a porta e foram falar sobre os novos objetos.
A novidade me foi apresentada como o futuro da música. Falavam que o disquinho estranho substituiria as grandes bolachas escuras que tocavam no aparelho de som da minha avó, que ficava na grande sala perto da rua. Diziam também que era muito mais duradouro, tinha um som limpo e nem era preciso limpar a agulha para escutá-lo, ela não seria necessária. Um deles chegou a dizer que era uma tendência e que as bolachas não teriam mais vez.
Nesta época eu passava bastante tempo na sala perto da rua, sempre acompanhada pelas músicas de um tal filme Philadelphia, pelo disco que tinha na capa uma criança triste e um U e 2 bem grandes e por um outro do Sérgio Reis, com a música Pinga ni min. Havia ainda o LP de uma mulher com uma voz inconfundível e pernas lindas, outro duplo com a música Águas de Março e um com um homem sem rosto na capa. Eram todos da minha tia, com exceção do disco do Sérgio Reis, e eu gostava de ficar naquela sala só ouvindo e dançando.
Muitos anos se passaram e, como me disseram, o CD realmente tomou conta de nossos lares, trazendo depois os diskmans, DVDs, pendrives e todos os MPs da vida. Mas hoje, entretanto, dei uma olhada na Livraria Cultura e eis que vejo mais ao fundo, na seção de música, uns velhos conhecidos. Surpresa, fui questionar o atendente se aqueles LPs eram algo comemorativo, mas a resposta não poderia ser mais familiar: “Que nada, vários artistas estão lançando seus álbuns em vinil, são considerados uma nova tendência...”.
Engraçado, acho que eu já tinha ouvido isto antes...
Comentários
parabens pelo blog!
bjos!
Pode ter certeza que acredito que os acontecimentos se repetem em um ciclo sem fim, apenas em cenários diferentes. A cada dia temos mais provas concretas disto...
Obrigada pelo elogio!
Beijos,
Gabi.
Näo gosto de atesourar coisas vellas, más ha cousas que eu guardo com muito amor.
Os dois dentinhos de cada um dos meus dois filhos, que caíram, que agora têm 36 e 34 anos,os livros de sus primeiras leituras, las dedicaÇöes do dia da mäe, etc.,
Agora minhas netas podem ver o que eram seus pais de pequenos.
Também guardo agora as mesmas coisas de minhas netas...
Säo meus tesouros.
E também tenho uma cantidade enorme de vinilos de 33'.
E um de 45' do ano l.966 de Roberto Carlos, que entre outras cantava "meu callambeque".
E agora estou vendo una cantidade enorme de toca-discos com as técnicas mais avançadas para poder ouvir ou transformar esas jóias...
Ë um verdadeiro prazer.
Näo é que viva no passado, mas as coisas do pasado que me fizeram feliz, posso recorda-las.Säo parte de mim.
Um post muito bäo, Gabriela!!
Um beijinho.
ele estava meio desatualizado, mas pq tô voltando pro planeta Terra agora! hehe...
obrigado mais uma vez e ótima semana pra vc!
beijos!
o mundo gira, e o retrô roda, e volta, e volta
Gosto dos teus textos
beijos, Rosane
o mundo gira, a onda retrô roda, e tudo volta
Gosto dos teus textos
beijos, Rosane
Uma das coisas mais gostosas desta vida é recordar bons momentos. Não tenho vergonha de dizer que me sinto bem escrevendo e falando sobre algumas recordações, aquelas velhas lembranças de quando ainda era uma "niña". Quando vi os discos de vinil lembrei exatamente dessa cena e não resisti ao dividi-la com as pessoas que visitam este meu espaço!
Também vou lhe contar um outro segredo: minha mãe ainda guarda meus primeiros dentes de leite! risos... = )
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Olá, Fernando!
Bem-vindo ao planeta terra! Espero ler mais textos seus, hein!
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Oi, Rosane!
Ainda bem que as coisas voltam para nos encantar. Muito obrigada pelo elogio, é um prazer recebê-la aqui!
Um beijo para todos e obrigada pela visita!
Gabi.
Ta lindo seu blog gabi!
Te adoro! ;)
Beijos
E realmente, tudo que já foi, será de novo um dia com novas perspectivas! hihi
Beijo meu exemplo!
Eu não tive uma sonata, apenas o "meu primeiro gradiente" que depois de tantos anos de uso é um dos objetos que mais gosto. Queria eu ter cantado Blondie com seis anos, na minha época era "Vou de taxi" mesmo!!! risos... ;)
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Nina, olá!
Eu sabia que você curtia LP, você tem jeito de quem curte LP. E só para constar o lado B sempre é o mais revelador! risos...
E obrigada pelo elogio! :)
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Gabyzinha, linda!
Obrigada pelos elogios, querida! Você não sabe o quanto fico feliz quando você diz que sou seu exemplo, é muita responsabilidade para essa pessoinha aqui! risos...
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Oi, Armando!
Esse ritual ao guardamos as nossas queridas "bolachas" é fundamental para preservarmos nossa própria história. Acho incrível guardarmos isso para que as próximas gerações se encantem ainda mais que nós!
Um beijo enorme a todos vocês, obrigada pela visita e pelos comentários!
Gabi.